A European Union Agency for Cybersecurity (ENISA) publicou recentemente um documento onde avalia as ameaças relacionadas com a tecnologia 5G, com o apoio da Comissão Europeia e de vários estados membros. O cenário de ameaças contempla uma avaliação de riscos com uma análise mais detalhada sobre a tecnologia 5G, o seu valor e os desafios no que diz respeito à cibersegurança.

No comunicado disponível no site oficial da agência europeia, o diretor executivo da ENISA deixa claro que, tal como aconteceu com o 1G, e até ao 4G, a implementação da rede 5G também levanta desafios de segurança. Mas "este relatório irá ajudar as partes interessadas a realizar análises de ameaças mais detalhadas e avaliações de riscos focadas em elementos específicos da infraestrutura 5G para ajudar a entender sua exposição a ameaças", explica Juhan Lepassaar.

No documento de 87 páginas, a agência reúne os vários grupos que poderão significar uma ameaça para a tecnologia 5G, esclarecendo que tipo de desafios poderão trazer. Cibercriminosos, pessoas com acesso a informações privilegiadas, nações e ciberterroristas são alguns deles.

ENISA threat landscape for 5G Networks
Grupos que poderão significar uma ameaça para a tecnologia 5G

Fazendo referência a um "elevado grau de complexidade", devido aos vários recursos introduzidos pela tecnologia, o documento fala na necessidade de as avaliações de risco e os cenários de ameaça 5G serem constantemente atualizados nesta fase de testes pilotos. Assim será possível analisar de forma adequada as alterações registadas nesta área.

O 5G não é apenas um novo “G”: é toda uma revolução
O 5G não é apenas um novo “G”: é toda uma revolução
Ver artigo

Apesar de ainda não ter apresentado a estratégia nacional do 5G, Portugal é o oitavo país da União Europeia onde estavam em curso mais testes 5G para a implementação desta tecnologia no mês de setembro. A conclusão consta do mais recente relatório do Observatório Europeu do 5G, organismo criado pela Comissão Europeia que garante que nesse mês a União Europeia (EU) contava com 165 projetos-piloto, num total de 125 cidades consideradas como habilitadas para receber a tecnologia.