
Garantir os investimentos nas redes de comunicações que cheguem a todos os europeus, conseguir uma revisão do enquadramento regulatório, reformar a política do espectro e desenvolver uma política industrial forte são algumas das principais mensagens do encontro que está a decorrer em Lisboa, onde é acolhida pela Altice Portugal. Esta é a primeira reunião da Connect Europe e a última da ETNO, marcando também a mudança de nome da associação europeia de telecomunicações que foi criada em 1992.
Um plano de 8 pontos foi aprovado em setembro, na agenda política da associação, a Europe’s Digital Choice, e a estratégia foi realçada por Alessandro Gropelli, diretor da Connect Europe na sessão de abertura do workshop. "Enfrentamos um desafio europeu, como é que a Europa dá mais oportunidades aos cidadãos, desenvolve a inovação e a competividade [...] A conetividade é essencial", sublinha.
Para Alessandro Gropelli, os mercados fragmentados não funcionam. "Não podemos ser apaixonados pelos nossos pequenos mercados quando enfrentamos gigantes como a China e os EUA", destacou.
A necessidade de investimento para garantir a conetividade que sustenta a competitividade europeia foi também destacada no primeiro painel da manhã, com Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal a apontar o bom trabalho que as empresas de telecomunicações estão a fazer na Europa mas também os riscos que existem. "A Europa está a construir e implementar as infraestruturas de base da economia digital, mas temos de pensar no acesso e nas competências, básicas e avançadas, que permitem promover esta economia digital", justifica.
Atualmente, a Europa já está atrasada em relação às metas definidas para 2030, e a CEO da Altice avisa para a necessidade de manter o sector atrativo para o investimento. "Sentimos que a rentabilidade está a ser mais difícil e que o retorno do investimento [Return on Equity] está abaixo do custo de capital", explica, detalhando que as empresas investem continuamente para acompanhar as novas gerações da tecnologia e "a preocupação é como vamos continuar a investir a capturar a atenção dos investidores para continuar a financiar o sector".

"Temos dificuldade em pensar em investir no 6G [...] se falar nisso vou perder a atenção dos investidores", adianta ainda Ana Figueiredo, dizendo que primeiro vão pedir que consiga o retorno do investimento no 5G. "Estamos num mundo competitivo e temos de lutar por investimento e podemos não ser capazes de o atrair", justifica.
Para a CEO da Altice Portugal, é preciso ter um sentido de urgência na Europa, porque já estamos a ficar atrás dos Estados Unidos e da China e se não fizermos nada podemos ficar atrás de outros países, como os do Médio Oriente, entre outros. "Precisamos de investimento, inovação, visão, mais ambição [...] temos de ter coragem para tornar a Europa 'great again'", afirma.
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