Numa primeira fase, as redes 4G que estão a ser instaladas no Brasil funcionam apenas na frequência dos 2,5 GHz, para a qual muitos operadores europeus não detêm licença de utilização.

O Governo brasileiro pretende lançar um novo leilão 4G para a faixa de frequência dos 700 MHz (de momento reservado à emissão da televisão analógica) em janeiro do próximo ano, e muito dificilmente haverá tempo útil para implementá-la antes de junho, altura em que começam os jogos de futebol.

Segundo declarações de João Rezende, presidente do regulador brasileiro para as telecomunicações, Anatel, à Reuters, o 4G em 700 MHz só deverá começar a funcionar a partir de 2015.

Desta forma, turistas de diferentes partes do mundo que tenham telefones 4G que operem em frequências diferentes poderão ter de usar as redes de terceira geração do país, subaproveitando as capacidades dos seus dispositivos.

O leilão para a atribuição das licenças 4G para operar em 2,5 GHz no Brasil decorreu no ano passado. As licenças foram entregues à Claro, TIM, Vivo e Oi, num investimento total de 2,45 mil milhões de reais, cerca de mil milhões de euros.

Atualmente, os operadores estão a braços com o compromisso assumido com a adjudicação das licenças, que as obriga a disponibilizar serviços de quarta geração já este ano nas cidades que recebem a Copa das Confederações.

O passo seguinte será garantir cobertura nas cidades que recebem o Mundial de Futebol, em 2014. Para cumprir tal meta, o Brasil terá de instalar 30 antenas 4G por dia.

A Anacom permitiu que, em Portugal, as redes 4G usem as frequências de 450 MHz, 800 MHz, 900 MHz, 1.800 MHz, 2,1 GHz e 2,6 GHz, mas TMN, Vodafone e Optimus optaram por investir nos 800 MHz, 1.800 MHz (a faixa que suporta o 4G no iPhone 5) e 2,6 GHz.

Nota de redação:

Tal como apontado por um dos nossos leitores, em Portugal as operadoras móveis investiram também na faixa dos 2,6GHz, além dos 800 MHz e 1.800 MHz. Essa informação foi acrescentada ao texto

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico