No quarto trimestre de 2024, o tráfego total de Internet em banda larga fixa cresceu 12% em comparação com o mesmo período de 2023, atingindo um novo máximo histórico, revela a Anacom. O tráfego médio mensal por acesso foi de 319 GB, o que representa um aumento de 9,3% face ao trimestre homólogo.

A taxa de penetração dos acessos residenciais de internet de banda larga fixa alcançou 93,4 por 100 famílias, mais 2,2 pontos percentuais (p.p.) do que no mesmo período do ano anterior. O número total de acessos fixos aumentou 2,5%, somando 4,7 milhões, graças sobretudo ao crescimento das redes de fibra ótica (FTTH/B).

A fibra ótica consolidou-se como a principal tecnologia de acesso à internet fixa, representando 68,9% do total, com um aumento de 2,6 p.p. em relação a 2023. O número de acessos baseados nesta tecnologia subiu 6,6%, com 201 mil novos clientes no último ano.

Por outro lado, as tecnologias mais antigas continuam a perder relevância. Os acessos por modem cabo diminuíram 3,8%, representando agora 23,9% do total, enquanto os acessos ADSL registaram uma queda acentuada de 29%, reduzindo-se para apenas 1,9% do total.

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A Anacom aponta que Portugal se destaca no panorama europeu, sendo o quarto país da União Europeia com maior proporção de acessos com velocidades superiores a 100 Mbps. No final de 2024, 92,4% dos acessos em banda larga fixa ofereciam velocidades ultrarrápidas, "resultado do investimento em redes de fibra ótica e na tecnologia DOCSIS 3.x".

O mercado português de banda larga fixa está dividido entre a MEO (41,2%), NOS (33,5%), Vodafone (21,9%) e DIGI / NOWO (2,7%). A MEO foi o operador que mais acessos captou, consolidando a sua liderança em quota de tráfego (41,1%) e acessos residenciais (39,4%).

Embora a MEO tenha aumentado ligeiramente a sua quota, o Grupo NOS e a Vodafone registaram pequenas reduções nas suas participações de mercado, com destaque para o Grupo NOS, cuja quota de subscritores residenciais caiu 0,2 p.p.