No último ano cinco aplicações foram responsáveis por dois terços do tráfego de dados gerado por smartphones, revela um relatório da Ericsson. O streaming de vídeo e as redes sociais ocupam espaço de destaque nesta tendência e tendem a ganhar cada vez mais relevância. Estima a Ericsson, que nos próximos seis anos o tráfego total de vídeo móvel seja 17 vezes o valor registado nos últimos seis.



Para esta evolução vão contribuir a banalização dos dispositivos capazes de reproduzir vídeo. Os ecrãs maiores e a qualidade melhorada de imagem também vão pesar, tal como facto de o vídeo tender a assumir-se como uma componente cada vez mais relevante dos conteúdos online.



No final de 2014 existiam 2,7 mil milhões de utilizadores de smartphones em todo o mundo, graças aos 800 milhões de novos subscritores que durante o ano passado passaram a usar este tipo de dispositivos. Outros suportes de consumo de conteúdos seguem em tendência inversa, como é o caso da televisão nos moldes tradicionais.

No entanto, se o consumo de TV em televisores está a diminuir, está a crescer o número de adeptos dos serviços de streaming. Dados do Consumer Lab da fabricante, analisados para nove países, revelam que este ano, e pela primeira vez, existirão mais pessoas a assistir à transmissão de vídeo em stream on demand do que a emissões tradicionais de televisão.



A banalização das tecnologias móveis de quarta geração explica a alteração de comportamento, defende a Ericsson e conduz a uma utilização cada vez maior do smartphone e do tablet para consumo destes serviços. Só nos últimos três meses de 2014 ligaram-se às redes LTE 110 milhões de novos utilizadores, de acordo com os dados mais recentes do Ericsson Mobility Report, publicado pela empresa duas vezes por ano.



A GSM Association revelou também esta quarta-feira dados relativos à evolução das redes móveis de quarta geração.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico