Os serviços de televisão paga em Portugal já contam com mais de 2,7 milhões de assinantes, revela o último relatório da Anacom, cujos dados foram apurados até ao final de Setembro.

O número representa um aumento de 200 mil utilizadores nos primeiros dez meses deste ano, uma vez que os valores registados em Dezembro de 2009 se situavam na ordem dos 2,5 milhões de assinantes.

De acordo com a análise comparativa sugerida pela Autoridade das Comunicações, o número total de assinantes registados no terceiro trimestre de 2010 é de mais 65 mil do que nos três meses anteriores e cerca de mais 272 mil que no período homólogo.

Os principais motores do crescimento identificados pelo regulador são, em primeiro lugar, o FFTH/B (fibra óptica), e em segundo as "outras tecnologias" de acesso: rede telefónica pública (xDSL/IP) e FWA. Juntas, as referidas tecnologias representam cerca de 85 por cento dos novos clientes no período em análise.

A TV por cabo era responsável por 53 por cento do total de assinantes de televisão por subscrição, caindo 1,4 pontos percentuais face ao trimestre anterior, enquanto as "outras tecnologias" e o FTTH/B aumentaram dois pontos percentuais, crescendo para os 18,3 e 4,2 por cento, respectivamente. A percentagem de clientes do DTH desceu para os 24,7.

A distribuição continua a "variar consideravelmente" em função da zona do país, realça a Anacom. O cabo mantém o domínio nas regiões Lisboa, Madeira, Norte a Algarve, mas nos Açores a distribuição deste encontra-se ao mesmo nível do DTH. Centro e Alentejo são dominados pelo DTH.

Embora tenha perdido peso no mercado, a Zon/TV Cabo continua a ser a operadora com mais subscritores (59,2%), seguida da PT Comunicações (28,3%) - cuja quota cresceu 1,8 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior - e da Cabovisão (10%).

A Anacom apurou ainda que, no terceiro trimestre deste ano, o número de casas cabladas pela totalidade dos operadores ascendia a quatro milhões, mais 0,2 por cento que três meses antes e mais 1,6 por cento que no período homólogo. Lisboa regista a maior taxa de instalações: 45 por cento.

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