Nos planos da ebankit para os próximos tempos estão a presença num maior número de eventos internacionais e o fortalecimento da rede de parceiros que será o grande motor de crescimento da tecnológica, que tem apostado em força nas soluções para a área financeira, que ajudem a banca a explorar novos canais de contacto com os clientes. 

A empresa já criou aplicações para o Apple Watch, para os Google Glass e para o Facebook. Ao TeK João Lima Pinto explica os próximos passos na estratégia da companhia, que resulta de um spin-off da ITSector, que continua a ser acionista de referência da empresa, agora detida em 25% pela Pathena.

TeK: O investimento da Pathena no vosso projeto vai dar suporte à expansão internacional. Em concreto, quais são os planos para o próximo ano?

João Lima Pinto: A ebankIT vai acelerar o seu processo de expansão internacional com a entrada do novo acionista, através da presença em eventos internacionais, ações comerciais e fortalecimento da rede de parceiros internacionais. Vamos conseguir estar presentes num número de países significativo.

TeK: Nessa expansão internacional em que ponto estão hoje: que parte do negócio já se realiza fora de Portugal e em que mercados já estão?

João Pinto: O negócio externo ronda os 80% e neste momento já estamos presentes nos seguintes mercados: Angola, Timor, França, Itália, Luxemburgo, Polónia e Rússia. 

TeK: Na vossa oferta qual é o produto/produtos mais forte neste momento?

João Pinto: As aplicações para Mobile e Internet Banking são o novo grande foco neste momento. 

TeK: Estão a trabalhar em novos produtos/aplicações para lançar este ano?

João Pinto: A empresa tem uma grande vertente de Investigação e Desenvolvimento. Neste momento estamos em fase avançada de desenvolvimento da solução de voz integrada na solução de Mobile, realidade aumentada e beacons.

TeK: A banca, embora seja um dos setores que mais investe em tecnologia, continua a ser uma área relativamente tradicional na forma como oferece os seus serviços. As apps móveis quebraram um pouco essa linha. Que outras oportunidades há para explorar neste domínio?

João Pinto: Há várias oportunidades nestes domínios, passando por formas de pagamentos e transações diferentes, integração com redes sociais, formatos inovadores na comunicação com clientes (ex. Realidade Aumentada) e no próprio formato de e-commerce (descontos no comércio).

TeK: Estão em Londres e no Porto. Têm planos para estender a presença física a outros países nos próximos tempos?

João Pinto: O nosso plano de expansão assenta na rede de parceiros, pelo que nesta fase o principal foco de expansão é na angariação de parceiros em diferentes geografias. Numa fase subsequente iremos procurar expandir com escritórios em regiões específicas (África, Ásia, América Latina, USA).

TeK: Quantas pessoas tem a equipa?

João Pinto: A equipa atualmente tem 50 pessoas e continuará a crescer.

TeK: O que é feito cá e o que estão a fazer no Reino Unido?

João Pinto: No Reino Unido temos uma parte das equipas comerciais e marketing, estando em Portugal todas as restantes áreas, com destaque para a conceção, desenvolvimento e suporte dos produtos.

TeK: Acelerar a expansão internacional significa aumentar a equipa? Quanto esperam crescer em recursos humanos no próximo ano?

João Pinto: Em 2016 prevê-se o crescimento direto de cerca de 20 pessoas, sendo que os parceiros deverão ter um crescimento ainda maior no número de recursos que possuem, devido ao aumento na implementação de produtos.

TeK: Abriram o capital à Pathena e têm como principal acionista a ITSector. Planeiam abrir o capital a outras empresas?

João Pinto: Nesta fase não planeamos a abertura do capital a outras empresas.

 

 

 Cristina A. Ferreira