Por Pedro Passos (*)
Tratar os dados de forma inteligente é uma prioridade inegável para as organizações. Se a convergência das áreas de Inteligência Artificial (IA), analítica, cibersegurança e desenvolvimento de software está a promover a inovação e a eficiência operacional, não deixa de ser importante referir que “nem só de vanguarda vivem as empresas”. Por isso, devem ser encontradas soluções personalizadas para responder às necessidades específicas de cada um dos agentes da nossa economia. Aqui, entra em cena uma palavra de ordem: colaboração.
De facto, os decisores empresariais enfrentam o desafio de crescer em termos de negócio e operação sem perder a bússola da competitividade. Nesse contexto, a tecnologia desempenha um papel fundamental e muitas das respostas podem ser procuradas junto de serviços externos, sobretudo aqueles que promovem uma relação de parceria.
É central que um serviço de outsourcing na área de TI tenha como mantra o foco no cliente, isto é, estar verdadeiramente próximo das suas necessidades. Este facto exige entendimento das expectativas, antecipação dos desafios e respostas com soluções efetivas. Neste contexto, a IA e a analítica desempenham um papel crucial, sendo que os insights obtidos a partir dos dados levam as empresas a adaptar e/ou desenvolver produtos, serviços e estratégias de marketing com mais probabilidades de terem sucesso.
O outsourcing tem uma palavra a dizer em processos empresariais, aplicações e soluções de infraestruturas. Este modelo de serviço abrange várias formas, permitindo às organizações acelerar o desenvolvimento e a implementação de soluções de TI, ao mesmo tempo que os decisores se concentram no seu negócio e nas respostas aos seus clientes e potenciais clientes.
Outro dos benefícios é o acesso a conhecimentos especializados. O outsourcing permite que as organizações aproveitem o conhecimento e as competências de profissionais experientes, com diferentes backgrounds, que trazem uma maior bagagem para dentro de cada projeto. Por último, tende-se a afirmar a questão de reduzir custos, mas não podemos esquecer que o mundo das TI é cada vez mais competitivo, pelo que os recursos humanos são difíceis de encontrar e reter.
Assim, em primeiro lugar, é preciso identificar os profissionais que podem encaixar no perfil e cultura da organização – tendo em conta o projeto, mas também as condições que envolve. Hoje, o mercado é candidate-driven, ou seja, são os candidatos que escolhem onde querem trabalhar.
Por exemplo, um bom programador tem à sua disposição várias ofertas. Ainda assim, não é, de todo, impossível encontrar a pessoa certa para o cargo certo. A estratégia das empresas de outsourcing deve ter isso em conta, dando planos de carreira para estes profissionais e integrando-os na dinâmica normal de todos os seus recursos humanos. No limite, pretende-se que fiquem muito tempo, que tenham visibilidade em projetos interessantes, que possam desenvolver competências e evoluir tecnicamente.
Em síntese, parece ser claro que, mais do que transformação tecnológica, é necessário colaboração tecnológica. Além disso, o foco no cliente deve ser acompanhado por um não menos foco no colaborador destes projetos que, ainda que enquadrados num modelo de outsourcing, são uma mais-valia para as organizações em que estão inseridos, permitindo que as empresas alcancem os seus objetivos de crescimento e competitividade.
(*) Head of Outsourcing na askblue
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