Por Ana Neves (*)

 

De acordo com o recente estudo da Knowman, 62% das organizações tem uma intranet disponível para todos os colaboradores na organização. O mesmo estudo mostra que a qualidade de processos como o acesso, a partilha, a retenção e a validação de conhecimento, deixam muito a desejar.

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Contudo, tal não significa que as intranets sejam um desperdício de recursos. As intranets podem gerar grande valor se devidamente pensadas para dar resposta às necessidades da organização e para se alinharem com a cultura e as expetativas das pessoas que lá trabalham.

As primeiras organizações a investir numa intranet corporativa, fizeram-no, na maioria das vezes, de acordo com uma perspetiva de comunicação top-down e agarradas a um modelo organizativo e de trabalho mais estruturados. São intranets que provavelmente nunca tiveram o impacto pretendido porque reforçavam uma cultura hierarquizada e não acomodavam o dinamismo e a colaboração que o trabalho atual requer.

Hoje em dia, estas organizações começam a repensar as suas intranets e olham para as plataformas colaborativas como uma opção para acomodar uma nova realidade de trabalho, mais dinâmico, remoto, colaborativo e em rede.

Em paralelo, algumas organizações que não se reviam nas tradicionais intranets ou que nunca puderam justificar os seus elevados custos de implementação, reparam agora num enorme leque de opções, mais acessíveis e alinhadas com a sua cultura.

Um evento como o Social Now é um valioso contributo: desenhado para orientar as organizações no momento de perceber o tipo de plataformas existentes, o que as distingue umas das outras e como se tornam parte do dia-a-dia de trabalho dos colaboradores.

Mas esse será sempre apenas um dos passos: útil para descobrir as opções e saber as questões a considerar; incapaz de identificar os requisitos específicos de uma organização.

Cabe às organizações ouvir os seus colaboradores, perceber de que forma trabalham e que dificuldades sentem, e propor e discutir abertamente novos modelos e processos de trabalho.

Envolver os colaboradores ativamente nas várias fases do processo aumenta a probabilidade de uma nova intranet responder às suas necessidades. Mais ainda, gera-se, em cada um deles, um sentimento de pertença e de empenho emocional para com a intranet e para com a organização, que lhes deu voz, lhes reconheceu capacidade crítica, e demostrou na prática os princípios colaborativos que tanto se apregoam.

(*) diretora geral da Knowman, uma empresa de consultoria em gestão de conhecimento e redes sociais. É responsável pelo KMOL, portal em língua portuguesa dedicado à gestão de conhecimento, aprendizagem organizacional e redes sociais (as digitais e as que realmente importam).

Visite ainda o website do Social Now para mais informação sobre este evento internacional, que aborda o ema para quem quer criar uma intranet ou aumentar o retorno da que já tem. O TeK é parceiro de media deste evento.