O SDN já mostrou ter o potencial para tal. Na sua raiz, o SDN representa uma importante mudança de mentalidade em que as redes seguem as aplicações ininterruptamente para criar uma ponte entre os mundos da propriedade intelectual e das TI na nuvem. Essa mentalidade é acompanhada por um conjunto de tecnologias que possibilitam um nível de abstração das capacidades da rede favorável às aplicações e à automatização baseada em políticas de instanciação da rede.
Os fornecedores de serviços na nuvem querem proporcionar, de forma célere, capacidades avançadas de networking de forma compartimentalizada e segura a milhares de utilizadores em dezenas de datacenters. Exatamente no mesmo espírito, os CIOs das empresas precisam de proporcionar essas capacidades a todos os departamentos com uma miríade de aplicações e comunidades de utilizadores dentro e fora das suas organizações.
Querem fazê-lo instantaneamente, sem cederem o controlo e a visibilidade. Querem fazê-lo de uma forma financeiramente sã, maximizando a eficiente utilização dos seus recursos. Isso deve incluir tanto os recursos virtuais como os físicos, em múltiplos datacenters geograficamente espalhados, de preferência abrangendo uma variedade de hipervisores. Dito de outro modo, querem ir além da virtualização da rede para a rede na nuvem, em ambientes híbridos que são a realidade hoje dos utilizadores nas grandes empresas.
Sonhando com o Ambiente Híbrido
Num verdadeiro cenário de hibridez na nuvem, uma empresa com os seus próprios datacenters alavancar-se-ia no SDN para virtualizar e automatizar a sua rede. Os administradores de TI estabeleceriam políticas para a concessão das permissões apropriadas a cada uma das entidades, dos departamentos e dos grupos de utilizadores.
Uma vez elaboradas, essas políticas poderiam ser facilmente transformadas em modelos e implementadas infinitas vezes conforme necessário. Os administradores de TI manteriam a visibilidade e o controlo plenos da atribuição da carga de trabalho, bem como do fluxo da mesma através de todos os seus datacenters e poderiam atuar livremente num ambiente heterogéneo com uma combinação de hipervisores, equipamentos de rede e plataformas de gestão da nuvem.
É esse o valor dos ambientes híbridos e das nuvens híbridas. A heterogeneidade de ambientes é chave para a implementação da nuvem híbrida, onde os cenários de hipervisores múltiplos são cada vez mais desejados enquanto as empresas vão além da virtualização em direção à nuvem.
A disponibilidade de opções aumenta a combinação de ambientes dentro do datacenter, otimiza a vertente económica da sua operação e aumenta a flexibilidade e opção de escolha para o "cloudbursting" e a recuperação em situações de catástrofe. Deste modo, as empresas asseguram o cumprimento dos regulamentos necessários através do controlo pleno e contínuo dos recursos localizados fora dos seus datacenters privados, e da escolha dos recursos que optam por manter dentro das suas próprias organizações.
Fiel à missão do SDN trata-se de proporcionar as aplicações de forma célere num ambiente aberto, onde a flexibilidade da programação do SDN e a automatização da rede ajudariam a libertar qualquer aplicação em qualquer nuvem, em qualquer ocasião.
Parece um "doce"… Então onde está o "amargo"?
Bem, o "amargo" é que o verdadeiro ambiente híbrido ainda não surgiu.
Uma verdadeira nuvem híbrida simplesmente não pode impor a homogeneidade dos ambientes de hipervisor ou de gestão da nuvem. Esse facto permanece uma restrição importante sobre as primeiras ofertas de virtualização e contraria diretamente a premissa das nuvens abertas.
Os verdadeiros cenários híbridos deveriam abranger os recursos físicos e virtuais, em ambientes de hipervisores e locais múltiplos. Enquanto muitas empresas continuam a optar pela construção das suas próprias nuvens privadas, a falta de uma verdadeira opção de hipervisor híbrido limita as possibilidades e as oportunidades para os fornecedores de serviços na nuvem.
Bem, se tecnologia aberta é uma coisa boa, e se a escolha impulsiona a criatividade, porque devemos aceitar esta restrição? A resposta é, que não devemos.
Portanto, apesar de o tempo estar cada vez mais frio e das folhas caírem, é importante que não atrasemos as nossas redes como fazemos com o horário de inverno.
* Senior Director of Marketing na Nuage Networks
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