Por Ricardo Reis (*)

Com o crescimento das compras online e a tendência para a conveniência digital, cada vez mais consumidores esperam poder realizar as suas compras de forma ágil, personalizada e segura. Esta expectativa coloca desafios significativos aos retalhistas, que, ao longo do ano, preparam as suas infraestruturas para responder ao aumento de tráfego digital em datas críticas como a Black Friday e o Natal.

Os comerciantes têm a responsabilidade de garantir uma experiência de compra personalizada e fluída, enquanto protegem os dados e a segurança dos seus clientes. Nunca foi tão importante ter infraestruturas de cibersegurança robustas e tecnologias orientadas por dados (data-driven) para endereçar as novas exigências do mercado e proteger o consumidor.

É crucial que as plataformas digitais estejam preparadas para suportar um volume de transações que pode disparar subitamente, evitando falhas nos serviços que afetam a confiança dos clientes. É importante que se invista em tecnologias de ponta que garantam a continuidade e a resiliência dos serviços, apoiando os retalhistas a proporcionar uma experiência sem interrupções e com máxima segurança.

De acordo com a Check Point Research, os ciberataques estão a aumentar em todo o mundo, com um aumento de 30% nos ataques semanais a redes empresariais no segundo trimestre de 2024 em comparação com o segundo trimestre de 2023. Os ciberataques surgem sem aviso prévio e atingem o setor público e privado. Segundo o Kyndryl Readiness Report 2024, 64% dos líderes organizacionais estão preocupados com os ciberataques, mas apenas 39% se sentem preparados para os gerir.

Estamos a entrar numa das fases do ano mais críticas para um aumento das tentativas de fraude online. Se por um lado é necessário educar também o consumidor para alguns esquemas, como por exemplo phishing - mensagens de texto fraudulentas -, é imperativo que os retalhistas adotem medidas preventivas que protejam os dados financeiros dos consumidores, assim como a integridade das suas operações. Estratégias como a implementação de autenticação multifactor, monitorização de transações em tempo real e algoritmos de deteção de anomalias são fundamentais para identificar e bloquear atividades suspeitas antes que causem prejuízos.

Na Europa no geral e em Portugal em particular, onde o e-commerce está em franca expansão, a cibersegurança ganha ainda mais relevância para assegurar a proteção de dados e manter a confiança do consumidor. No entanto, a cibersegurança não é apenas uma questão de tecnologia, mas de transparência e comunicação clara para que os clientes compreendam como são protegidos e valorizem a seriedade das empresas no tratamento dos seus dados.

Em conclusão, as empresas de retalho estão a enfrentar um desafio único: proporcionar uma experiência de compra memorável e segura, que honre o espírito natalício e respeite a confiança dos consumidores. Na Kyndryl, acreditamos que o sucesso depende de uma combinação entre segurança, personalização e inovação tecnológica. Estamos comprometidos em apoiar o setor retalhista com soluções de cibersegurança robustas e tecnologias orientadas por dados, que tornam possível o equilíbrio entre proteção e experiência personalizada, numa época de celebração, sem preocupações adicionais para consumidores e retalhistas.

(*) Client Partner Executive da Kyndryl