Rui Conceição *
Quando Julieta se dirigiu a Romeu na intemporal tragédia de Shakespeare e questionou a importância do nome como sendo algo apenas artificial e sem significado, não estaria decerto a pensar nos desafios do mercado global.
Embora talvez menos apaixonante que esta famosa história de amor, a relação entre o nome e a marca é também ela motivadora de grandes dilemas. Poderemos questionar o que aparece primeiro: se o nome ou a marca. Ganhará então força a marca pelo seu nome ou vice-versa?
Esta discussão que deverá ocupar as mentes académicas do marketing ficará reservada para as mesmas. Vamos focar-nos no nome como entidade única e absoluta. A presença online de uma marca, através do seu nome, possui vários tipos de projeção no espectro digital e sob as mais variadas formas.
Neste contexto, a escolha de um nome de domínio residia, até há algum tempo, na opção específica da localização geográfica da sua marca ou por genéricos, tal como o abrangente dot-com. A recente oferta de uma nova geração de gTLDs abriu inúmeras oportunidades para marketeers explorarem uma nova abordagem à sua marca. Extensões como .pizza, .wine ou .vodka traduzem-se em excelentes demonstrativos desse facto. É possível, agora e cada vez mais, especificar com maior detalhe a natureza do produto, campanha ou serviço associado ao nome.
O nome de domínio pode ser agora explorado de diferentes maneiras e incorporar em si o próprio core business, como parte integrante da sua presença online. Uma empresa ou negócio assegura a sua credibilidade digital com o registo do seu próprio domínio que, tanto serve como porta de entrada digital, como endereço de email personalizado ou, até mesmo, apenas para o salvaguardar de terceiros.
No entanto tem, hoje em dia, a possibilidade de destaque (para além do óbvio) numa web 2.0 cada vez mais homogénea. Se o domínio é o nome próprio de marca, a extensão é o seu apelido. E com este novo mundo de personalização e customização abre-se um novo modo de abordar a escolha do nosso nome online e do impacto que poderemos conseguir este. Estamos na era do mobile, da app, do express, da diferença e também da personalização. Estamos na era em que um simples nome na barra de endereço do nosso browser pode comunicar mais por nós do que alguma vez pôde. O que há num nome? Podemos dizer que há tudo, porque o desafio vai para além da escolha do mesmo. O desafio está em o sabermos explorar da maneira mais eficaz.
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