Por: Carolina Afonso (*)

 

A febre dos Pokémons já não é somente um jogo de realidade aumentada. Esta realidade não está a deixar as marcas indiferentes e muitas estão a tirar partido do jogo para potenciar os seus negócios de forma criativa.

O objetivo do jogo é simples: com base no universo Pokémon e através de realidade aumentada proporcionada por um dispositivo móvel, os jogadores são desafiados a encontrar Pokémons. Depois de capturados, o processo seguinte é treiná-los para que consigam evoluir, proteger o ginásio e afins. Para evoluir os Pokémons é necessário items que podem ser encontrados nas Pokéstops. Quando se atinge o nível cinco podem juntar-se a uma das três equipas: Instinct, Mystic e Valor.

O jogo chegou primeiro aos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia. Nos EUA alcançou mais de 65 milhões de utilizadores nos Estados Unidos em apenas sete dias após o lançamento. No gráfico seguinte vemos o tempo dispendido em média pelos utilizadores na aplicação e que já ultrapassa o WhatsApp e Redes sociais.

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Fonte: Forbes

 

A Portugal chegou há pouco tempo mas já temos alguns exemplos de como por cá as marcas têm aproveitado o “hype”. Ora vejamos:

- Promoção das lojas físicas como PokéStops

Algumas marcas estão a aproveitar as potencialidades do jogo e estão a comunicar que as suas lojas são “Pokestops”, isto é, locais onde os jogadores podem apanhar novas pokébolas. Desta forma as marcas conseguem atrair tráfego para o ponto de venda, gerar tópicos de conversação nas redes sociais e criar relação com os clientes. Tal tem vindo a ser explorado por negócios como restaurantes, pizzarias, livrarias, etc, um pouco por todo o mundo.

Por cá veja-se este exemplo do Benfica e do MacDonald’s:

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- Criação de experiências únicas para o jogador

O fenómeno da socialização em torno da “caça aos pokemóns” é também uma boa oportunidade para criação de experiências. Desde organização de caminhadas até ao desenvolvimento de itinerários para caçar pokemons raros, são várias as marcas que procuram capitalizar o “hype” convertendo-o em negócio. É o caso da Odisseias que por cá organiza circuitos numa 4L para os entusiastas do jogo viverem mais intensamente as emoções no terreno.

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- Promoção de produtos que satisfazem necessidades dos jogadores

O Pokémon Go é um jogo que consome muita bateria dos dispositivos. Partindo desta necessidade latente algumas marcas aproveitam para comunicar soluções para o problema, como é o caso da ASUS.

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- Criatividade geradora de Buzz

O Pestana Vintage Porto criou um Pokémon Go concierge, ou seja, um guia que faz visitas dentro do hotel para mostrar onde estão os Pokémons. Este concierge também está disponível para sair para a cidade, ajudando os turistas a conhecerem os melhores locais para a caça, os ginásios ou as Pokéstops.

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A meu ver, goste-se ou não do jogo e de todo este movimento em torno da febre Pokémon, este é sem dúvida um case-study de mobile marketing e de como as marcas podem tirar partido com sucesso do conceito SoLoMo, isto é, de campanhas com interseção no social, tirando partido de geolocalização e das potencialidades da tecnologia mobile. Eu por cá estarei, atenta ao fenómeno e à caça das PokéMarcas!

 

(*) especialista em Marketing Digital