Por Pedro Franco Caiado (*)
Os avanços tecnológicos nos últimos anos afetaram a maioria dos setores, alguns tão diversos como as finanças, a logística e o e-commerce. O setor imobiliário não foi exceção e a consequência mais direta para os consumidores está manifestada nas próprias casas, que já fazem uso dos seus dispositivos inteligentes para melhorar a qualidade de vida e do ambiente. A União Europeia pretende descarbonizar completamente o parque imobiliário até 2050 e, com estes novos regulamentos, os edifícios a ser construídos atualmente têm muito mais atenção à melhoria da eficiência energética, que permite que haja reduções quase drásticas do consumo de energia.
Os imóveis totalmente inteligentes terão de utilizar a tecnologia de forma integrada para que todos os equipamentos estejam ligados uns aos outros. Para conseguirmos perceber este fenómeno - e eventualmente ter uma smart home - há dois pontos a considerar: os edifícios inteligentes na sua construção e os dispositivos a ter nas nossas casas inteligentes.
Em primeiro lugar, é necessário pensar na eficiência, isto é, poupança de energia tanto em espaços residenciais, como industriais ou comerciais. Os edifícios que foram desenvolvidos recentemente e os que estão agora em processo de construção já estão a ser concebidos tendo em conta as alterações climáticas e uma parte deles já utiliza materiais e recursos de forma sustentável, de modo a poupar energia e a ter um bom isolamento térmico.
Claro que o consumo de energia varia muito entre as diferentes infraestruturas e depende dos movimentos dos residentes e de outros fatores temporais, como a altura do dia e do ano. Um edifício inteligente ajusta automaticamente os recursos e a energia às necessidades de quem lá habita. Por esta razão, vemos a crescente utilização de equipamentos com sensores que podem medir as condições ambientais, regulação do ar condicionado e evitar desperdícios. Nestes casos, ter um sistema de software que controle todos os dados extraídos é fundamental para garantir uma noção real do gasto de energia e proceder a uma maior poupança.
Por outro lado, é necessário ter em conta a automação de equipamentos: cada vez mais vamos ter produtos inteligentes nas nossas casas e isto só é possível por causa da IoT (Internet of Things). Desde frigoríficos inteligentes a produtos como a Alexa, estes vão fazer parte da nossa vida. No futuro, uma casa inteligente vai começar a preparar o pequeno-almoço antes da hora de acordar ou desligar automaticamente aparelhos que não estão a ser usados e estejam a desperdiçar energia. Já no que toca às luzes e ao ar condicionado, estes podem ser regulados consoante a luz e a temperatura natural, para que as habitações sejam mais confortáveis e sustentáveis.
À semelhança aos edifícios inteligentes, é necessário e recomendado que os espaços onde vivemos tenham um sistema que partilhe relatórios do consumo de energia, que monitorize todos os gastos e nos aponte onde podemos poupar mais no final do mês, sendo que todos os dispositivos podem também ter as funcionalidades adaptadas e personalizadas às necessidades de cada um.
Estas duas perspetivas deveriam ser as premissas para qualquer conversa sobre o futuro, sendo que são também o ponto de início da mudança tecnológica que aí vem. Acredito que só depois é que as nossas casas estarão preparadas para serem realmente inteligentes.
(*) Country Manager da Spotahome Portugal e UKI
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