Tal como outras fabricantes de portáteis, a HP procura soluções para as necessidades de trabalhadores remotos e estudantes obrigados ao ensino em casa, mas que na hora do entretenimento não tenham de mudar de computador. A HP tem a linha de portáteis e computadores Omen dedicadas ao gaming, mas também os modelos Pavilion eram dirigidos aos jogadores menos exigentes, com uma oferta de modelos mais acessíveis.
Nesse sentido, o novo modelo Pavilion 15-eg0009np foi redesenhado para ser um misto de computador empresarial e estudantes, com linhas sóbrias e elegantes, e atualizado com as novas especificações da Intel, incluindo o processador de 11ª geração e uma placa gráfica dedicada Intel Iris Xe, que permite correr sem problemas aplicações de edição de vídeo e imagem, e fazer uma pausa para o entretenimento.
O primeiro contacto com este modelo Pavilion 15 é agradável aos olhos, sobretudo a cor azul marinho que chegou para teste. Pouco agradáveis foram os segundos que se seguiram, após agarrar na máquina pela primeira vez, ficando registados as dedadas onde quase se reconhecem as impressões digitais. No centro da tampa é ainda visível o logotipo circular da HP, gravado com relevo em prateado.
O portátil é relativamente leve (1,6 kg), para um modelo de 15,6 polegadas, sobretudo quando comparado com propostas anteriores. Tem um chassis fino, que permite ser enfiado rapidamente numa mochila de transporte, pronto a levar para todo o lado. A sua dobradiça ocupa toda a superfície da dobra, num maior reforço de resistência, mas impede que o ecrã abra mais que uns 100º.
A HP optou por uma oferta minimalista de conetividade e inclui uma saída de HDMI, USB-A e uma USB-C compatível com Thunderbolt, um leitor de cartão MicroSD e jack 3,5 mm para headphones no lado esquerdo. No lado oposto, conte apenas com mais um USB-A e o conector de energia. Considerando que a realidade atual obriga ao confinamento, certamente terá de considerar em adquirir à parte um HUB para expandir as entradas USB, caso necessite de ligar ratos e teclados externos, assim como outros periféricos. Quanto à conetividade sem fios, este HP Pavilion oferece Wi-Fi 6 e Bluetooth 5 que já começam a ser norma nos portáteis modernos.
Abrindo a tampa (que falhou o teste de abertura rápida com um dedo), é apresentado um teclado retroiluminado, com a habitual assinatura de qualidade da HP. As teclas são em forma de chiclete, bem espaçosas, oferecendo uma boa sensação de pressão. Para escrever, o teclado é bastante confortável, excetuando o acesso ao cursor, que se mantém amontoado em baixo da tecla Shift na direita. Tem espaço para um teclado numérico, algo que muitas propostas semelhantes tendem em abdicar.
De notar que a base do chassis é bastante espaçosa, com um TrackPad de dimensões generosas e bastante sensível ao deslize do dedo e tem os botões esquerdo e direito do rato embutidos, na parte inferior. A HP sabe da importância do descanso dos pulsos e por isso manteve a base em torno do TrackPad. Do lado direito da base, meio a flutuar, encontra-se ainda o sensor biométrico de impressões digitais, para que possa autenticar-se mais rapidamente quando abre e liga o equipamento. Ainda assim, o sensor deveria estar embutido no botão de energia, o que lhe daria um toque extra no design.
Sendo um portátil vocacionado também para o entretenimento, nomeadamente o consumo de multimédia, a HP manteve a parceria com a Bang & Olufsen, com colunas colocadas na extremidade do chassis. O som é bastante nítido, mesmo quando se mantém o volume em níveis inferiores. E na hora de ouvir música ou ver um filme no máximo, o som não destorce, destacando-se bem os agudos e batidas dos baixos.
Hardware renovado com processador de 11ª geração e GPU da plataforma Iris Xe
A autonomia do portátil merece especial atenção. Tem uma bateria de três células de 41 Wh, mantendo o equipamento a trabalhar interruptamente durante umas 7 horas, a passar música no YouTube, com o ecrã sempre ligado, assim como o teclado iluminado. Obviamente que se usar aplicações mais exigentes ou um jogo, esse tempo diminui drasticamente, mas fica a referência.
E claro, sendo um computador novo, não tem a enchente de aplicações e processos a decorrer no fundo, que vão sendo acumulados ao longo do tempo. O seu carregador é um mini “brick” de 45 W, demorando cerca de uma hora a recarregar o equipamento, mas também é leve e pequeno para o transportar na mochila. No entanto, o portátil não permite carregamento via USB-C, como alguns concorrentes já o permitem.
O portátil tem um ecrã de 15,6 polegadas, aquele que já começa a ser o standard dos computadores mais procurados para o trabalho e entretenimento. E de facto, as molduras minimalistas permitem obter uma área maior, sem obrigar o alargamento do chassis da máquina. O computador tem um ecrã LED IPS com uma resolução de 1080p e um brilho de 300 nits. Apresenta uma boa palete de cores vivas, e uma boa fluidez de imagem, sobretudo em conteúdos multimédia. Não espere, no entanto, o espectro alargado de cores e total compatibilidade SRGB como as propostas de computadores profissionais, bem mais caros.
A versão de teste tinha um processador Intel i5 de 11ª geração de quatro núcleos, capaz de debitar 4,2 GHz através da tecnologia Intel Turbo Boost. Vem acompanhado de 16 GB de RAM DDR4 e um SSD de 1 TB PCIe NVMe M.2 de armazenamento interno. Tem uma gráfica dedicada da nova plataforma Iris Xe da Intel, que permite um desempenho simpático nos jogos menos exigentes, mas sempre disponíveis, como um Fortnite ou um League of Legends.
Claro que se quiser prestações mais elevadas e efeitos de ray tracing terá de pensar num computador de gaming da Omen, no caso da HP. Este novo GPU pretende oferecer um equilíbrio no desempenho geral, seja a trabalhar, a criar conteúdos de vídeo e entretenimento em geral, otimizando a energia da máquina para maior autonomia da sua bateria.
Considerando as necessidades das teleconferências de Zoom em teletrabalho, este HP Pavilion oferece uma webcam panorâmica, introduzida na parte superior da moldura, com uma resolução de 720p. Tem ainda dois conjuntos de microfones digitais integrados, para manter a conversa mais fluída possível.
Um aspeto a notar é que durante os testes, o computador não aqueceu muito, tendo a sua grelha de dissipação do calor ao longo da dobradiça, voltada para o interior. Isto quer dizer que só a vemos se espreitarmos para o interior da dobradiça, e para expelir o ar, tem uma grelha na base inferior do chassis. Da mesma forma, o computador trabalha de forma silenciosa, sendo preciso encostar a máquina ao ouvido para ouvirmos o simples “sopro” das ventoinhas.
Com uma linha atraente e especificações atualizadas, este HP Pavilion oferece um desempenho eficaz na maioria das tarefas de trabalho e atividades escolares. Tem uma boa imagem, num ecrã generoso e uma excelente composição de colunas B&O. Se o gaming for a sua principal prioridade, este não é o computador indicado, apesar de anteriores modelos da linha Pavilion serem designados como tal. Este é um portátil segmento para multifunções, mas claro que pode jogar, desde que não tenha grandes exigências em ter todos os filtros ligados. E o preço é bastante competitivo para o segmento, chegando ao mercado por 899 euros.
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