Estiveram entre os mais de 80 projetos que se candidataram à edição de 2018 do Altice Innovation Award, para concorrerem nos temas Telecom, Media & Content e Data & Advertising. Fuel Save, MOV.E, ODiHO, Plussh, Secret City Trails e Tempow participaram na categoria Startups e “viraram” finalistas.
Sempre com muita tecnologia à mistura, ou não fosse a inovação o mote da iniciativa internacional, as ideias são muito variadas, havendo desde soluções para carregamento de veículos elétricos, a propostas para descobrir a história e curiosidades de uma cidade através de um jogo de pistas. Também há uma aplicação para ensinar camionistas a pouparem combustível, uma ideia que transforma o smartphone num altifalante pessoal, soluções de video streaming à medida e uma sugestão para levar o Bluetooth “ao limite”.
E se os projetos são variados, as histórias por detrás das ideias e de quem as criou também o são. Já os objetivos e a maneira de encararem a iniciativa promovida pela Altice Portugal são muitas vezes comuns.
Para os fundadores da startup francesa ODiHO, criada oficialmente em novembro de 2017 depois de cinco anos a “marinar ideias”, o Altice Innovation Award é definitivamente uma iniciativa “win/win”. Para a operadora “é uma excelente forma de se manter atualizada sobre a inovação produzida pelas startups”, aponta Gauthier Dalle, e também de “avaliar produtos e serviços que possam ou não ser adicionados ao seu portfólio.
Para uma startup como a ODiHO representa a possibilidade de melhorar a visibilidade do projeto e acelerar o road map do produto e o desenvolvimento do negócio, refere.
Vincent Nallatamby, da Tempow, é ainda mais direto ao confessar que, depois de a startup francesa, com uma equipa de 14 pessoas, já ter conseguido uma parceria com a Motorola para o seu Tempow Audio Profile (TAP), um upgrade do protocolo Bluetooth, a intenção agora é “conquistar” a Altice. “A Altice é um dos principais players na nossa indústria e, para uma jovem startups como nós, esta é uma oportunidade única para ficarmos mais próximos dos decision makers”.
José Toscano, um dos três responsáveis pela portuguesa mov.e, defende que a intenção de participar numa iniciativa do género “assiste” a todos os participantes.
“Procuramos o que todas as startups procuram: validação do mercado, parceiros estratégicos e suporte financeiro”
O cofundador da startup, que mistura TI, energia e mobilidade, considera que o Altice Innovation Award há-de ser sempre um passo importante no trajeto de crescimento da empresa.
Na Secret City Trails a ideia de transformar a forma como “viajantes e locais” conhecem e desfrutam de uma cidade começou há quase dois anos. No momento a startup conta com uma equipa de seis pessoas dedicadas ao desenvolvimento de conteúdos para a sua aplicação web, que através de jogos e pistas quer dar a conhecer os locais para onde viajamos.
Antes do Innovation Award já tinham vencido uma competição de pitch, a Future Now, na Eslováquia e participado na Journey, da Beta-I, no verão passado. Além de ambicionarem ganhar o prémio final na iniciativa da Altice Portugal, este tipo de competição traz a “visibilidade, networking e a possibilidade de arranjar parcerias”, referiu Wendy van Leeuwen ao SAPO TEK.
Razões para vencer
Ganhar o prémio de 50 mil euros e a possibilidade de concretização de um piloto com o Grupo Altice, com a duração mínima de seis meses, são os principais argumentos para participar no Innovation Award, mas há outro tipo de vantagens.
E nesta altura, os finalistas puxam “a brasa à sua sardinha”. No caso da Fuelsave, há várias “brasas”. “A Fuelsave distingue-se das outras startups pela equipa tem, e pelas pessoas que rodeiam a empresa, como por exemplo os nossos advisors”, diz ao SAPO TEK António Fradique.
O cofundador garante que a equipa, dedicada à ciência dos dados em tempo real e que tem uma aplicação para otimizar a condução de camiões, foi capaz de cumprir todos as milestones planeadas durante 2018 e ainda conseguir financiamento num curto espaço de tempo - já que a startup foi constituída em fevereiro de 2018.
“Somos também diferentes porque temos uma enorme paixão e motivação pela área que estudamos e desenvolvemos, que é a combinação da tecnologia de ponta na área de data science e inteligência artificial com a condução e comportamento humano”.
Para a francesa Plussh, seria “uma grande honra” vencer o Altice Innovation Award, “o que nos daria a oportunidade de trabalhar e desenvolver as nossas soluções com a Altice (…) e acelerar o take-off”, admite Dimitri Moulins.
Os vencedores do Altice Innovation Award, tanto na categoria Startups como Academia, serão revelados no próximo dia 10 de outubro. O primeiro lugar da categoria Startups tem um prémio monetário de 50 mil euros e a possibilidade de concretização de um piloto (uma prova de conceito) com o Grupo Altice, com a duração mínima de seis meses. Já o vencedor na categoria Academia, destinada a finalistas de mestrado e doutoramento, arrecadará um prémio de 25 mil euros.
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