A Apple registou mais uma patente para tecnologia de ecrãs enroláveis. A tecnologia pode ser conceptualmente aplicada em qualquer tipo de ecrã, mas a dona do iPhone refere especificamente a utilização em smartphones, por isso essa pode bem vir a ser uma das novidades de um próximo smartphone da marca. Ou não.
Nos últimos meses já tinham surgido várias notícias sobre este pedido de patente, submetido no final do ano passado. Os detalhes da tecnologia idealizada pela Apple ficaram agora mais claros, com a publicação de informação pelo Gabinete de Patentes e Registo de Marca dos EUA sobre o pedido.
Entre os dispositivos que podem vir a usar a tecnologia, a Apple lista vários. Para além do smartphone, iPads, televisões, ou ecrãs de computadores de secretária ou de bordo (num veículo).
A invenção da Apple aplica-se a um dispositivo eletrónico com um ecrã enrolável, que pode alternar entre o estado enrolado e não enrolado. Quando o utilizador quer visualizar alguma coisa o ecrã está visível e desenrolado, com um aspeto plano. Quando não está a ser usado pode ser parcialmente “arrumado” e enrolado, graças a um mecanismo que o faz girar em torno de um eixo.
Esta parte enrolável do ecrã pode ter um painel com uma matriz de píxeis, capaz de exibir imagens, e sobre ela estará uma camada protetora transparente. Esta camada protetora pode incluir polímeros transparentes, vidro transparente e/ou outras estruturas transparentes que permitam a visualização de imagens. Ao mesmo tempo, servem para dar estrutura e proteção ao painel do ecrã, explica o pedido.
A inovação patenteada está relacionada precisamente como o tratamento desta camada protetora e com o processo de dobragem do ecrã. A Apple terá criado um processo de compressão para "encolhê-la" localmente, de forma a não ficar danificada quando o ecrã é dobrado, e adaptado o design do mecanismo também para preservar esta camada do ecrã.
"Na parte inversa da curvatura, a superfície exterior da camada de vidro do ecrã é exposta à tensão, enquanto a superfície interior desta camada de vidro é exposta à compressão", explica a empresa no pedido de patente, acrescentando que, também por isso, o espaço de armazenamento para o ecrã enrolado terá menos saliência "podendo melhorar o aspeto do dispositivo".
A Apple está a trabalhar em ecrãs flexíveis pelo menos desde 2014, como relata o site Patently Apple, que tem acompanhado desde essa altura pedidos de registo de patentes da empresa nessa área.
Se isto é prova que o tema interessa à marca, também mostra que do registo de uma patente não tem de sair necessariamente um produto comercial. Um iPhone de ecrã enrolável pode ser lançado só daqui a vários anos, ou nunca, se entretanto a marca optar por outras linhas de inovação.
Com esta ou outras patentes, no entanto, o mais provável é que a Apple venha mesmo a lançar equipamentos com ecrãs flexíveis, porque parece existirem poucas dúvidas de que esse será um ingrediente incontornável de inovação no mundo dos ecrãs. Resta saber se a tecnologia agora patenteada será a base desses novos produtos hipotéticos..
Entretanto, a Apple não é a única a olhar para este mercado, pelo contrário. Várias marcas têm mostrado que seguem avançadas no desenvolvimento de equipamentos com estas características, mas na verdade ainda nada foi comercialmente lançado no segmento dos smartphones. Só existem modelos conceptuais. Nas TVs, a LG já lançou uma proposta. No entanto, Samsung, LG, Motorola e outras estão na corrida.
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