A iniciativa está integrada no Plano Nacional de Fiscalização (PNF) de 2025 e vai decorrer entre 14 e 20 de maio como o objetivo de "alertar os condutores para as consequências negativas e mesmo fatais do uso indevido do telemóvel durante a condução", indicam as autoridades.

Esta é a quinta das 11 campanhas de sensibilização e de fiscalização planeadas para este ano no âmbito do PNF de 2025. Até ao final do ano vão ser realizadas mais seis campanhas, uma por mês, com ações de sensibilização e de fiscalização.

"A 50 km/h, olhar para o telemóvel durante três segundos é o mesmo que conduzir uma distância de 42 metros com os olhos vendados, o equivalente a uma fila de 10 carros", refere o comunicado.

Com a campanha “Ao volante, o telemóvel pode esperar” a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) vão fazer ações de sensibilização e também de fiscalização, em especial nas estradas de maior fluxo rodoviário. 

As duas ações decorrem em conjunto em várias localizações de norte a sul do país. Esta é a lista partilhada

Segundo os dados partilhados, a utilização do telemóvel durante a condução aumenta em quatro vezes a probabilidade de ter um acidente e provoca um aumento no tempo de reação a situações imprevistas superior ao efeito de uma taxa de álcool no sangue de 0,8 g/l.

Os condutores que usam o telemóvel durante a condução são mais lentos a reconhecer e a reagir a perigos, com lapsos de atenção e erros de avaliação, assim como dificuldade na interpretação da sinalização e desrespeito pelas regras de cedência de passagem, em especial em relação aos peões.

Recorde-se que as multas por usar o telemóvel durante a condução podem variar entre 250 e 1.250 euros, somando-se a perda de 3 pontos na carta e a possível proibição de conduzir por um período determinado. Os condutores podem ainda ser responsabilizados civil e criminalmente por danos materiais ou corporais relacionados com a distração causada pelo uso do telemóvel.