A Apple poderá revelar o seu headset de realidade mista em junho, segundo avança Mark Gurman, da Bloomberg na sua newsletter. E as possíveis funcionalidades do equipamento continuam a surgir, desta vez referente à utilização de um cabo magnético para o ligar a uma fonte de alimentação externa. É referido que a gigante de Cupertino tomou a decisão de descartar baterias no equipamento devido a preocupações de sobreaquecimento, assim como a necessidade de o tornar mais leve e confortável de utilizar.
O equipamento terá duas portas: um conector USB-C para tratar da transferência de dados e um novo dedicado ao carregamento. A ponta redonda do cabo será inserida magneticamente. E para que este não se desligue durante a utilização, para o retirar será necessário rodá-lo na direção dos ponteiros do relógio para o desbloquear. Do outro lado do cabo está a sua bateria, com uma autonomia de cerca de duas horas. É referido que a bateria tem cerca do tamanho de um iPhone, mas mais fina. Fica ainda por confirmar se o utilizador pode adquirir mais packs de bateria à parte para substituição em utilizações mais prolongadas.
O especialista em assuntos da Apple afirma que desde que se fala no seu headset há sete anos, com um preço estimado em 3.000 dólares, que a empresa ainda não encontrou uma aplicação importante que justificasse ao público em geral a sua compra. E por isso tem adotado uma tática de “artilhar” o headset com diversas funcionalidades, ligadas ao gaming, serviços de fitness e até à leitura de livros em realidade virtual. Uma abordagem que diz ser semelhante ao anúncio do seu primeiro smartwatch em 2014.
Foram listadas algumas funcionalidades do headset, incluindo a possibilidade de correr a maior parte das aplicações do iPad em realidade mista, desde o acesso aos livros, câmara, contactos, chamadas em FaceTime, Files, Mail, Maps, Messages, Music, Safari, TV, entre outras. Vai possivelmente introduzir uma nova app de bem-estar com foco na meditação, com gráficos imersivos, sons tranquilizantes e vozes de instrutores.
Outra das preocupações da Apple é facilitar as aplicações existentes na App Store, desenvolvidas por empresas externas, de correrem também no headset, sem trabalho de adaptação ou modificações. A Apple poderá também criar um novo portal de acesso a desporto em realidade virtual, inserido na sua estratégia de transmissões ao vivo e notícias. Uma funcionalidade permitirá aos utilizadores assistirem a um vídeo, ao mesmo tempo que inseridos num ambiente virtual, tal como uma cena no deserto ou mesmo no céu.
É ainda apontado um grande foco no gaming e diversos estúdios já estão a produzir títulos para o headset. Também poderá ser utilizado como um monitor externo, em ligação ao Mac. As videoconferências em espaços virtuais também será eventualmente outro foco do periférico, com avatares realísticos, como se os utilizadores estivessem no mesmo local. Novas ferramentas de colaboração para a app Freeform a serem utilizadas em quadros brancos virtuais.
Também é avançado que a interação com o headset pode ser feita de diferentes formas, desde o controlo com as mãos ou olho, assim como por voz através da IA Siri. Um teclado e outros controladores também são uma possibilidade.
Durante a conferência de apresentação do headset, a confirmar-se em junho, a Apple poderá revelar o SDK para os developers de software e aplicações para o sistema, para o seu sistema operativo xrOS.
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