A COVID-19 não tem sido sempre favorável para o mercado tecnológico. Segundo a Gartner, nos primeiros três meses de 2020 as vendas de smartphones registaram uma queda de 20,2% em todo o mundo. Dos principais fornecedores de telemóveis, a Xiaomi foi a única que não registou uma quebra nas vendas face ao mesmo período do ano passado, mas foi a Samsung quem liderou o mercado.
Neste contexto de pandemia, a Samsung, Huawei, Apple e Oppo viram as vendas de smartphones descerem, com a fabricante chinesa, em segundo lugar na tabela, a registar a maior queda: 27,3%. A empresa da maçã encerra o top 3, seguida da Xiaomi, e em último lugar surge a Oppo.
Em comunicado, o analista sénior de investigação da Gartner, Anshul Gupta, fala mesmo no "pior declínio do mercado global de smartphones de sempre", com a incerteza económica provocada pela crise de saúde pública que está a marcar 2020. No início de maio, já dados preliminares da IDC davam conta da queda mais acentuada de sempre no mercado dos smartphones devido à pandemia, desta vez em relação à distribuição de equipamentos em todo o mundo.
De acordo com a Gartner, o sucesso da Xiaomi está relacionado com as "fortes vendas da gama Redmi nos mercados internacionais" e o foco nos canais online, este último a não se verificar no caso da Samsung. Apesar da quebra das vendas dos smartphones da marca em 22,7%, a empresa sul coreana foi quem mais vendeu telemóveis nos primeiros três meses do ano, com 18,5% da participação a nível global. Embora os números sejam negativos, Anshul Gupta garante que "o declínio poderia ter sido muito pior". As fábricas localizadas fora da China ajudam a explicar o cenário relativamente favorável para a Samsung.
Huawei enfrenta "ano desafiador"
Num ano difícil para a Huawei, com Donald Trump a reforçar recentemente as restrições à fabricante chinesa, a empresa registou o pior desempenho dos cinco principais fornecedores de smartphones nos primeiros três meses do ano. As vendas destes equipamentos ficaram-se pelas 42,5 milhões de unidades, números que contrastam com as 55 milhões da Samsung.
O futuro não deverá ser muito positivo para a empresa, com Anshul Gupta a referir que a Huawei terá pela frente um "ano desafiador". A razão deve-se ao facto de a Huawei estar impedida integrar nos smartphones serviços da Google, como a Google Play Store. Por isso, "é pouco provável que a Huawei atraia novos compradores de telemóveis nos mercados internacionais".
Embora a Apple não seja tão dependente da China como a Huawei, Oppo ou Vivo, a verdade é que a empresa da maçã enfrentou restrições de fornecimento e encerramento de lojas, o que teve um impacto negativo nas suas contas. As vendas dos smartphones iPhone caíram 8,2%, totalizando 41 milhões de unidades vendidas nos primeiros três meses do ano. Ainda assim, o atendimento através das lojas online e a produção, que voltou aos níveis quase normais no final de março, ajudaram a recuperar parte do impulso positivo inicial.
Caso a COVID-19 não tivesse marcado este período, a realidade teria sido bastante diferente. Annette Zimmermann, vice-presidente da área de investigação da consultora chega mesmo a afirmar que a Apple teria "provavelmente visto as vendas de iPhone atingirem um nível recorde no primeiro trimestre do ano".
Já as vendas de smartphones da Oppo caíram 19,1% no primeiro trimestre de 2020. "Para aumentar as vendas e participação de mercado, é fundamental que a Oppo fortaleça o canal online", garante a consultora.
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