Durante a apresentação da família de smartphones Xiaomi Redmi Note 13, o SAPO TEK entrevistou Tiago Flores, diretor da Xiaomi para Portugal e não podia deixar de perguntar sobre os planos da fabricante sobre o lançamento do seu primeiro automóvel e a sua possível chegada ao mercado português. Apesar do teasing no início da apresentação, ainda não existem sequer informações sobre a sua chegada ao mercado. “Apenas foi apresentada a plataforma tecnológica, o design e as tecnologias que estão neste projeto, mas não há qualquer informação para qualquer tipo de mercado”.

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Questionado sobre se a chegada do veículo ao mercado português seria gerida pela mesma equipa de produtos de consumo da Xiaomi, Tiago Flores afirma disse que ainda era prematuro avançar. Mas que se trata de um tema que “demonstra a capacidade da Xiaomi de inovação” e que vai ser apresentado durante este ano a possibilidade do mundo conectado, composto pelo carro, humano e casa. “Será um grande exercício da nossa equipa local explicar toda esta inovação tecnológica e aquilo que a Xiaomi vai inovar e revolucionar do ponto de vista de experiência do consumidor”.

Foi ainda esclarecido que esta gama de smartphones Redmi Note 13 chega ao mercado com Android, “mas terão a capacidade para fazer o upgrade para o Xiaomi HyperOS”. Tiago Flores diz que já estão a atualizar equipamentos anteriores com o novo sistema operativo, mas os novos Redmi Note ainda não têm data de atualização.

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Olhando para a nova gama de equipamentos, o diretor da Xiaomi em Portugal explicou ao SAPO TEK que esta “é um segmento onde a marca sempre inovou e acreditou que existe na possibilidade na indústria de oferecer a um importante espaço no mercado de telemóveis uma tecnologia topo de gama”. A empresa vê como uma oportunidade, uma vez que este segmento de equipamentos com preços entre os 200-600 euros está em crescimento, tal como os topos de gama.

“Quisemos antecipar muito esta experiência de flagship. Acreditamos que com o nosso modelo de negócio, tecnologia e inovação, trazer muitas características topo de gama para este segmento que é muito relevante nos mercados”. Este foi o segmento que trouxe grande notoriedade à Xiaomi porque a experiência é melhorada face ao que o consumidor encontra no mercado, completa Tiago Flores. Nesse sentido, a Xiaomi diz que não está apenas preocupada em colocar tecnologia nos topos de gama.

Em termos tecnológicos, dá como por exemplo a parceria com a Leica para as câmaras fotográficas do Xiaomi 13T, que segundo Tiago Flores duplicou as vendas face ao Xiaomi 12T. “Isso significa que o caminho que estamos a fazer a nível de imagem desenvolvido para tecnologia topo de gama está a ter os seus frutos e resultados”.

Mas a empresa não pretende apenas concentrar nos topos de gama as melhores tecnologias. “Como marca de tecnologia para todos queremos continuar a fazer essa promessa e trazer para a gama média muita tecnologia de topo, porque acreditamos que o conseguimos fazer. A prova disso é este Redmi Note 13 apresenta o que melhor se faz na indústria topo de gama e em alguns casos até oferecemos melhores características que algumas marcas topo de gama”, apontando características como a resolução de imagem, o carregamento rápido, a construção e a configuração das memórias.

Segundo Tiago Flores, por volta do Mobile World Congress, a Xiaomi promete então falar da estratégia relacionada com a triangulação de human/car/home, um tema que a empresa está a preparar e que envolve tecnologia de ponta e de futuro, não para o imediato. Este ano, através da tecnologia do sistema operativo HyperOS vai ser possível ligar ecossistemas, que a empresa diz ser uma revolução para a industria, por ser um sistema aberto a terceiros, “onde esperamos que developers possam construir cenários para dentro deste ecossistema”.