Os habitantes do Myanmar ainda recuperavam vítimas e procuravam desaparecidos do sismo registado na sexta-feira, com uma magnitude 7,7 na escala de Richter, quando neste domingo o país voltou a abalar com uma réplica de 5,1 que atingiu a cidade de Mandalay às 15h38 horas locais (9h08 em Portugal), segundo a Lusa. Os sismólogos já alertaram para a possibilidade de ocorrência de novas réplicas do sismo, que terá uma equivalência de libertação de energia a mais de 300 bombas atómicas.

A mais recente contagem de vítimas desde sexta-feira somou 1.700 mortos, continuando a descobrir-se mais corpos nos escombros dos edifícios em ruínas e o registo de 3.400 feridos. As autoridades de socorro continuam as buscas para procurar possíveis sobreviventes, sobretudo nos destroços de um edifício em construção em Banguecoque, capital da Tailândia, que derrocou com o sismo de sexta-feira.

Veja as imagens de satélite do antes e depois do sismo em Mandalay no domingo:

As imagens de satélite mostram as consequências da réplica do sismo deste domingo na cidade de Mandalay. Pode ver-se como os tabuleiros da ponte Inwa ficaram destruídos, assim como muitos dos edifícios da cidade. Foram mostrados ainda os pagodes em Omahamuni e Sagaing, em Mandalay, que não resistiram ao abalo.

De recordar que o sismo de sexta-feira destruiu 70% de Sagaing, a segunda cidade mais próxima do epicentro, a cerca de 17 quilómetros. Mandalay, que é a segunda maior cidade do país, conta com 1,5 milhões de habitantes.

Bloqueios à Internet e censura online em Myanmar limitam acesso à informação sobre o terramoto
Bloqueios à Internet e censura online em Myanmar limitam acesso à informação sobre o terramoto
Ver artigo

A União Europeia mobilizou o programa de observação por satélite para ajudar a socorrer as vítimas do terramoto. Os satélites Copernicus já estão a ajudar os primeiros socorristas a avaliar o impacto. No entanto, os bloqueios à internet e censura online em Myanmar têm limitado o acesso à informação sobre o terramoto. Em 2021, o país voltou a ser liderado por militares, com a internet a ser também uma das “armas” do golpe de estado. Nos últimos anos, os militares aos comandos de Myanmar têm limitado o acesso à internet e às redes sociais no país.