Chama-se GLASS-z13O e é candidata ao recorde de galáxia mais distante do universo conhecido. A coleção de estrelas datará de apenas 300 milhões de anos após o Big Bang, estando, no entanto, a mais de 13,5 mil milhões de anos luz da Terra.
GLASS-z13O foi descoberta graças aos dados recolhidos pelo supertelescópio James Webb , ainda durante a fase de testes dos instrumentos, antes do início oficial das operações científicas, a 12 de julho, assim como uma segunda galáxia chamada GLASS-z11, um pouco menos distante.
Ambas as galáxias têm uma massa equivalente a mil milhões de sóis, aquilo que se esperaria, segundo a equipa de investigadores do Harvard and Smithsonian Center for Astrophysics que conduziu os estudos, de 500 milhões de anos, podendo indicar que as estrelas se formaram ainda mais cedo do que os cientistas pensam.
As galáxias recém-descobertas também são relativamente pequenas em comparação com a Via Láctea, que tem 100.000 anos-luz de diâmetro. Segundo os dados analisados, a GLASS-z13 tem aproximadamente 1.600 anos-luz de diâmetro, enquanto o GLASS-z11 tem 2.300 anos-luz de diâmetro.
“Encontrámos duas candidatas com grande probabilidade de serem galáxias extremamente distantes”, afirmou Rohan Naidu, Rohan Naidu, do Centro de Astrofísica de Harvard, citado pela imprensa internacional. "Se estas galáxias estiverem tão distantes quanto pensamos, o universo terá apenas algumas centenas de milhões de anos nesse ponto".
As galáxias foram observadas pelo instrumento NiRcam do James Webb e detetadas através do que se chama de "profundidade de campo”, ou seja, uma imagem mais ampla tirada com um longo tempo de exposição para detetar as luzes mais fracas.
A confirmarem-se os dados preliminares, GLASS-z13O poderá superar a GN-z11, que detém atualmente o título de objeto cósmico mais distante de todos os tempos, com os seus 13,4 mil milhões de anos-luz da Terra – embora uma outra galáxia, a HD-1, também ande na “corrida”...
Apesar de estar oficialmente operacional há apenas uma semana, James Webb já fez muitas outras observações além das duas galáxias recém-descobertas. As imagens mostradas a 12 de julho abriram (bem) o “apetite” para todo o potencial do supertelescópio que promete revelar os segredos do universo, desde os seus primórdios.
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A operação, que envolve um investimento de 10 mil milhões de dólares, junta a NASA, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadiana (CSA). O posicionamento final do telescópio foi alcançado a 24 de janeiro, com o início da missão a acontecer no dia 25 de dezembro de 2021.
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