Revelados no início de agosto, os novos Galaxy Note 20 e Note 20 Ultra já chegaram ao mercado com preços que começam nos 989,90 euros e vão até aos 1.439,90 euros em Portugal. Mas, será que as “joias da coroa” da Samsung conseguem manter o registo de boas notas em matéria de reparabilidade?
Até agora, os Galaxy Buds e o Galaxy Watch3 conseguiram alcançar pontuações elevadas, no entanto, os técnicos da iFixit revelam que a história é bem diferente no caso dos novos topo de gama da fabricante sul-coreana. A presença de quantidades excessivas de adesivo, componentes difíceis de remover ou de reparar resulta em dois smartphones difíceis de consertar.
Depois de darem uma vista de olhos ao interior dos equipamentos com a já habitual ajuda dos raios-x da Creative Electron, os especialistas puseram “mãos à obra” e começaram por abrir a traseira dos smartphones, aplicando calor para amolecer a cola.
Embora só precisassem de um tipo de chave de fendas para remover os parafusos, retirar todo o adesivo que mantém as baterias firmemente coladas aos smartphones revelou-se uma tarefa complicada. Por baixo das motherboards esconde-se uma surpresa: um sistema de arrefecimento completamente diferente daquele que a fabricante sul-coreana tem vindo a usar nos seus equipamentos.
Para absorver o calor gerado pelo processador, os técnicos esperavam encontrar uma câmara de vapor de cobre, mas depararam-se com a presença de um sistema à base de grafite. O uso da tecnologia revela-se problemático, pois em vez de arrefecer o smartphone acaba por fazer com que fique ainda mais quente do que o habitual.
No entanto, os técnicos detalham que nem todos os smartphones têm a tecnologia de arrefecimento com grafite. Por exemplo, o modelo usado numa desmontagem feita pelo canal de YouTube iCase Mobile Service Center revela um modelo Note 20 Ultra com uma câmara de vapor de cobre. O caso torna-se ainda mais estranho, pois algumas versões internacionais, como aquela analisada pelo canal JerryRigEverything contam com sistemas de grafite.
Outro dos aspetos negativos relaciona-se com o ecrã dos smartphones. À semelhança do que se passou com o Galaxy Note 10, o processo de troca de um ecrã que esteja partido requer uma desmontagem total do equipamento, sendo necessário mudar grande parte dos componentes que estão “agarrados” ao vidro, como o sensor biométrico de impressões digitais.
Ao todo, e depois de muitas “dores de cabeça”, os especialistas dão aos novos Galaxy Note 20 e Note 20 Ultra uma pontuação de 3 em 10, revelando que, embora a Samsung tenha apostado na inovação, a reparabilidade não estava no topo da lista de prioridades da fabricante.
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