A NASA continua empenhada nos preparativos para a missão Artemis de regresso à Lua. Apesar de um adiamento nas datas previstas originalmente devido a “desafios” técnicos e políticos, o projeto mantém-se e conta agora com uma novidade na missão Artemis I, o primeiro dos momentos do programa espacial: nada mais, nada menos do que um peluche do Snoopy.

A Artemis I, prevista agora para 2022, passa por realizar um voo não tripulado de modo a testar os sistemas tecnológicos do projeto. De acordo com a NASA, a figura do Snoopy que vai fazer companhia ao manequim Comandante Moonikin Campos vai servir como um indicador de gravidade zero.

A agência espacial norte-americana detalha que a figura estará vestida a rigor para a missão, contando com uma réplica em ponto pequeno do fato que será utilizado pelos astronautas nas futuras missões tripuladas, completo com luvas, botas e até um patch da NASA.

A missão Artemis I não é a primeira viagem espacial do Snoopy. Aliás, uma figura do popular cartoon seguiu a bordo do vaivém Columbia na missão STS-32 em 1990. Já em 2019, Snoopy também fez uma viagem até à Estação Espacial Internacional, à boleia na nave espacial Cygnus da Northrop Grumman, numa missão de reabastecimento.

À primeira vista, a ligação entre a icónica personagem da banda desenhada criada por Charles Schulz e a NASA pode parecer algo fora do comum, mas esta é na verdade uma história que conta com mais de 50 anos, remontando ao tempo da missão Apollo 10 em 1969.

Clique nas imagens para conhecer alguns dos momentos marcantes da história do Snoopy na NASA

A missão requeria que o módulo onde se encontravam os astronautas Gene Cernan, John Young e Thomas Stafford passasse a uma distância de mais de 15 quilómetros da superfície da Lua, de modo a dar uma vista de olhos (ou em inglês “snoop around”) para determinar o local de alunagem da missão Apollo 11.

Assim, o módulo acabou por ser batizado de Snoopy, como o comando da missão a tomar o nome Charlie Brown. Durante a época das missões Apollo a NASA começou a premiar os seus funcionários com pins feitos de prata de lei do Snoopy em modo astronauta, uma tradição que continua até hoje.

O cartoon de Charles Schulz tornou-se uma espécie de mascote da NASA, passando a figurar, por exemplo, em iniciativas orientadas para os mais novos e que pretendem incentivá-los a ganhar o gosto pela área de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), como sucedeu em 2019, numa parceria entre a agência e a Peanuts Worldwide, a empresa atualmente responsável pela banda desenhada.