A Virgin continua a desenvolver o seu Hyperloop, o sistema de transporte futurista que materializa a visão idealizada Elon Musk. Agora, a empresa de Richard Branson apresenta mais pormenores sobre o seu projeto, numa espécie de “explicador” em formato vídeo acerca dos seus objetivos e sobre a forma como a tecnologia utilizada funcionará.

A empresa começa por explicar que o Hyperloop se afirma como uma nova forma de transporte que “estabelecerá um novo padrão para as viagens no século 21”, permitindo ligar cidades em minutos.

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Tudo se centra num sistema de tubos que permitem viagens a alta velocidade com um baixo nível de consumo de energia. Dentro dos tubos encontram-se cápsulas que poderão viajar a quase 1.080 quilómetros por hora graças à sua tecnologia de propulsão magnética, ou Maglev (uma abreviatura de “magnetic levitation”).

A Virgin explica que, depois de realizar vários testes bem-sucedidos do seu sistema, está agora a focar-se no desenvolvimento de um serviço comercial cujos motores serão 10 vezes mais eficientes do que os atuais comboios Maglev. Ao contrário dos comboios, as cápsulas que compõem o Hyperloop não estão interligadas. Assim, diferentes cápsulas de um mesmo sistema poderão ter destinos diferentes.

“Este conjunto de inovações permitirá não só alcançar velocidades ultra-rápidas, mas também disponibilizar um serviço de transporte direto e on-demand capaz de transportar dezenas de milhares de passageiros por hora”, afirma a empresa.

Virgin Hyperloop: Dois passageiros foram transportados em hipervelocidade na primeira viagem tripulada de teste
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É certo que o sistema descrito pela Virgin ainda está em desenvolvimento e necessitará de aprovação de reguladores antes de poder avançar propriamente. Anteriormente, a empresa deu a conhecer que gostaria de começar as suas operações comerciais em 2027.

Recorde-se que, em novembro de 2020, a Virgin realizou com sucesso o primeiro teste tripulado do seu Hyperloop nas instalações DevLoop, no estado norte-americano do Nevada. Os dois primeiros passageiros que se candidataram ao teste foram Josh Giegel, o cofundador da startup apadrinhada pela Virgin, e Sara Luchian, responsável pelo departamento de experiência do passageiro.

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Durante a viagem, a cápsula utilizada no teste circulou a uma velocidade limitada de 173 km/h, menos de metade dos 386 km/h que o veículo consegue atingir. O objetivo foi demonstrar que o Hyperloop é seguro, como forma de encorajar os reguladores e investidores a expandir o projeto.