Recentemente, a NASA deu a conhecer os seus planos em relação ao futuro da Estação Espacial Internacional (ISS na sigla em inglês), indicando que a sua “destruição” estaria prevista para 2030. No entanto, à medida que o conflito entre Rússia e Ucrânia evolui, e que são aplicadas sanções ao país agressor, incluindo no setor tecnológico e espacial, o futuro da ISS torna-se incerto.
Ainda nesta semana, a agência espacial russa (Roscosmos) deu a conhecer que tem uma licença do governo russo para se manter em operações na ISS só até 2024. Em declarações à Tass, a Roscosmos afirmou que, tendo em conta o atual contexto de conflito, há dúvidas em relação à extensão deste acordo.
A Roscosmos espera que o governo norte-americano deixe de pressionar a NASA de modo a iniciar um processo de diálogo com a Rússia, indicando que, se não for possível chegar a um acordo, tal terá um impacto no programa da ISS.
Anteriormente, numa série de publicações no Twitter, Dmitry Rogozin, diretor da Roscosmos, afirmou que, devido às sanções impostas pelos Estados Unidos, a Rússia poderia abandonar a cooperação na ISS, deixando no ar a ameaça de que a estação poderia vir a cair nos Estados Unidos ou Europa, ou até sobre a China ou Índia. Recorde-se que o lado russo da ISS é responsável pela manutenção da órbita da estação, assim como pela sua propulsão.
Por outro lado, Bill Nelson, administrador da NASA, afirmou durante uma recente reunião do conselho da agência espacial norte-americana que manter a entidade quer manter relações profissionais com todos os parceiros da ISS para assegurar a segurança das operações.
Como avança o The Wall Street Journal, Kathy Lueders, administradora associada da NASA para a Exploração e Operações Humanas, reforça a importância da colaboração entre os diferentes parceiros no processo, enfatizando que seria difícil para a NASA operar a ISS sozinha.
A saída da Rússia do grupo de parceiros que compõem a ISS, e que incluem ainda a agência espacial europeia (ESA), japonesa (JAXA) e canadiana (CSA), significaria a remoção do Segmento Orbital Russo. Para já, o futuro da ISS é incerto, mas há já quem comece a pensar em formas como a SpaceX poderia ajudar a manter a normalidade das operações.
De acordo com Kathy Lueders, a agência tem vindo a procurar ajuda adicional para as operações na ISS, destacando o caso da Northrop Grumman e até da SpaceX. Aliás, Em resposta à série de tweets de Dmitry Rogozin, Elon Musk interveio, publicando apenas uma imagem do logo da SpaceX, o que levou muitos a crer que a empresa espacial poderá desempenhar um papel importante no futuro da estação.
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