A agência espacial da China (CNSA) divulgou hoje as primeiras imagens vídeo recolhidas pela sonda espacial Tianwen-1 na órbita de Marte, destacando-se crateras brancas na superfície do planeta.

A sonda, que tem acoplados um veículo e um robô que deverão aterrar em Marte, atingiu na quarta-feira a órbita do planeta, após uma longa viagem de seis meses, onde foram percorridos 470 milhões de quilómetros, juntando-se às missões dos Estados Unidos e dos Emirados Árabes Unidos.

Na primeira imagem a preto e branco que a sonda tirou ao planeta, surgem relevos como a cratera de Schiaparelli e os desfiladeiros de Valles Marineris.

Espera-se que a Tianwen-1 pouse em Marte em maio, na planície de Utopia, no hemisfério norte do planeta, o que, a concretizar-se, tornará a China o segundo país a fazê-lo com sucesso. O local de aterragem é o mesmo onde o módulo norte-americano Viking 2 pousou em 1976.

Numa primeira fase, a sonda, cujo nome se inspira um poema clássico chinês, significando "Busca pela Verdade Celestial", vai mapear Marte à distância. Se tudo correr como planeado, a partir de maio, a Tianwen-1 passa passará para uma fase de exploração da superfície do planeta, onde se dedicará a procurar indícios de água no subsolo e sinais de vida antiga. O veículo espacial movido a energia solar terá uma autonomia de 90 dias marcianos, o que equivale a cerca de 169 dias terrestres.

Num clima de rivalidade tecnológica e diplomática com os Estados Unidos, a China delineou um ambicioso programa espacial com o objetivo de criar uma estação espacial habitada na órbita terrestre até 2022 e enviar uma missão tripulada à Lua até 2030.

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Recorde-se que a sonda dos Emirados chamada Amal (ou Esperança, em português) chegou à órbita marciana na terça-feira, marcando a estreia da primeira missão interplanetária do mundo árabe. A sonda foi lançada a partir do Japão, à boleia de um foguetão Mitsubishi H-2A e vai fixar-se numa órbita especialmente alta (entre 22.000 quilómetros e 44.000 quilómetros) para melhor monitorizar o clima marciano.

A Amal não aterrará no Planeta Vermelho, mas ficará na sua órbita durante todo um ano marciano, o que corresponde a 687 dias. O objetivo da missão, que conta com um 200 milhões de dólares, é obter mais informações sobre a dinâmica do sistema de meteorologia do planeta vermelho, antecipando-se às missões tripuladas que estão planeadas para os próximos anos.

O rover Perseverance da NASA deverá chegar à órbita de Marte a 18 de fevereiro, mergulhando imediatamente para o solo marciano, à semelhança do que já aconteceu em 2012 com o Curiosity, e aterrando na cratera de Jezero, onde se acredita que tenha existido o delta de um antigo rio.

Além de procurar por sinais de vida no Planeta Vermelho, o rover realizará experiências que irão contribuir para criar as fundações das futuras viagens espaciais com humanos, a Marte e a outros corpos celestes.

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