No final do ano passado trabalhavam em ciência e tecnologia na Europa 76 milhões de pessoas, com idades entre os 15 e os 74 anos, número que representa um crescimento de 2,5%, face a 2021. Os dados apurados pelo Eurostat também mostram que, neste universo, mais de metade são mulheres (52%), como já acontecia também no ano anterior, e que trabalham sobretudo nas áreas de serviços.
Em Portugal, a percentagem de mulheres no sector é superior à média europeia e fixa-se quase nos 53,4%. Nas ilhas, os números são mais altos, com as mulheres a ficarem com cerca de 60% do emprego em ciência e tecnologia, nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.
Em todo a Europa, Lituânia, Córsega (em França) e Letónia são os países e regiões onde a presença feminina em atividades profissionais ligadas à ciência e tecnologia é mais forte. No extremo oposto da tabela estão duas regiões italianas, noroeste (45%) e nordeste (46%) e Malta (46%).
No entanto, num dos maiores subgrupos de profissões ligadas à ciência e tecnologia, o dos cientistas e engenheiros, as mulheres continuam sub representadas. Nestas categorias profissionais (que representam 24% do sector) só 41% são mulheres, uma quota que cresceu apenas 2 pontos percentuais na última década. Ainda assim, em números absolutos, a evolução é mais expressiva e entre 2012 e 2022, o número de mulheres cientistas ou engenheiras aumentou cerca de 50%, de 5 para 7,3 milhões.
Em termos globais, por toda a Europa e entre homens e mulheres, os cientistas e engenheiros representam quase um quarto dos trabalhadores em ciência e tecnologia, mais 3,6% que em 2021, com a Alemanha a liderar no volume de emprego destes profissionais.
Um relatório do Instituto Europeu de Patentes, divulgado em novembro do ano passado, tinha já mostrado que Portugal tem a segunda região da Europa com mais mulheres inventoras, que é o Alentejo. Os mesmos números indicavam que na Europa uma em cada sete mulheres são inventoras, uma representatividade que em Portugal é maior.
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