
Uma equipa das Faculdades de Ciências e Tecnologia (FCTUC) e de Ciências do Desporto e Educação Física (FCDEFUC) da Universidade de Coimbra desenvolveram uma metodologia que pretende ajudar os ciclistas a identificar trajetos urbanos que estejam menos expostos a poluentes. Financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, o estudo foi realizado no âmbito do projeto Soft Modes Modelling in Urban Trips para incentivar e promover os modos de transporte ativos, onde se incluem andar a pé ou de bicicleta nas cidades.
O objetivo do estudo era identificar quais os trajetos mais adequados às pessoas, seja a nível do esforço, a distância, o tempo da viagem, e também, a sua exposição a poluentes que resultam, por norma, das emissões de tráfego.
O modelo realizado foi testado e validado em dois trajetos diferentes, sendo que a equipa calibrou a relação entre o esforço dos ciclistas e a inalação de poluentes, em laboratório. Foram tomadas em conta as características da pessoa, a bicicleta e o meio envolvente do trajeto. No local, foi utilizada uma bicicleta instrumentada. Os trajetos convergiram entre o Polo II e Polo I da Universidade de Coimbra, consistindo em seguir pela rua do Brasil e rua dos Combatentes da Grande Guerra; e um segundo pelo Parque Verde, rua Ferreira Borges e avenida Sá da Bandeira.
Os investigadores explicam que considerando os dois trajetos, concluiu-se que com um acréscimo de 5/6% na distância e tempo de viagem pelo Parque Verde, conseguiu-se uma redução de cerca de 30% de inalação de poluentes, ainda que o esforço era idêntico nos dois trajetos. Isso significa que, apesar da rota pelo Parque Verde ser mais longa, não exige qualquer esforço adicional.

Isto significa que trajetos mais rápidos ou mais curtos podem não ser os melhores no que diz respeito à exposição a poluentes e esforço médio exigido, refere a investigadora Anabela Ribeiro, da FCTUC. Desta forma, a metodologia utilizada poderá ser uma ferramenta poderosa para ajudar as autarquias a tomarem decisões na instalação de ciclovias, tendo em conta a exposição da poluição.
O estudo encontra-se em novas fases de desenvolvimento e aprofundamento, para consolidar os resultados obtidos e revertê-los à utilidade pública. É possível ver o estudo completo neste endereço.
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