Depois de uma tentativa falhada de acoplagem à Estação Espacial Internacional (ISS) em dezembro de 2019, a Boeing está a preparar uma nova missão não tripulada da cápsula CST-100 Starliner. Para assegurar que não acontecem percalços inesperados na segunda tentativa, a empresa está a pôr à prova os diferentes elementos do veículo e os paraquedas do “táxi espacial” conseguiram passar com sucesso no teste de pressão.

A Boeing explica que o objetivo do teste levado a cabo no White Sands Space Harbor, no Novo México, era verificar se o sistema de paraquedas do veículo conseguia ser ativado em condições adversas ou no caso de uma missão ser abortada logo após o lançamento.

De acordo com Jim Harder, responsável da empresa a cargo do teste, por vezes é difícil de prever o comportamento de um paraquedas quando o veículo é comandado para descer de uma forma repentina, pois o fluxo do ar torna-se mais instável.

Durante a primeira fase do teste, o conjunto de paraquedas conseguiu ser ativado à medida que a cápsula começou a sua descida. Para verificar se o sistema cumpria os objetivos num caso de erro, a equipa de técnicos decidiu programá-lo para fazer com que um dos paraquedas principais não abrisse. Mesmo assim, os dois que restavam conseguiram trazer a Starliner de volta à Terra em segurança após dois minutos e meio.

Os dados recolhidos através do teste serão utilizados para fazer contínuas melhorias ao sistema em preparação para as futuras missões em colaboração com a NASA. A empresa vai também usar informações de testes anteriormente realizados pela agência espacial, uma vez que os designs dos sistemas de paraquedas usados por ambas são semelhantes.

Recorde-se que a Boeing quer avançar com uma segunda tentativa de acoplagem à ISS já em outubro ou novembro deste ano. A decisão surgiu meses após o Aerospace Safety Advisory Panel (ASAP) da NASA ter revelado que o incidente com a cápsula espacial poderia ter assumido contornos desastrosos.

O painel de responsáveis deu a conhecer que, além da anomalia no sistema de contagem decrescente que provocou o regresso mais cedo à Terra, um segundo erro de software poderia ter causado um “falhanço catastrófico”.

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No que toca à “corrida espacial”, o sucesso da missão Crew Dragon da SpaceX levou a NASA a querer envolver mais empresas privadas nas suas futuras missões à sub-órbita da Terra, aproveitando as capacidades dos foguetões desenhados para ir e regressar da ISS, transportando astronautas e investigadores.

A agência espacial pretende expandir as opções a outras empresas, incluindo a Virgin Galactic de Richard Branson e a Blue Origin de Jeff Bezos. A primeira tem avançado por entre vários testes, conseguindo voltar a planar pelos céus com sucesso em junho, já a empresa do dono da Amazon está um pouco mais atrasada, ainda em fases de testes não tripulados.

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