Uma pesquisa que juntou uma empresa da Google (a DeepMind), a Universidade britânica de Exeter e o instituto meteorológico do Reino Unido, o Met Office, concluiu que os modelos baseados em inteligência artificial podem acelerar brutalmente a capacidade de previsão das condições do tempo. Podem ainda ser um aliado precioso na antecipação de fenómenos extremos, cada vez mais prováveis com as alterações climáticas.
Já publicada na revista Nature, a pesquisa detalha os resultados de um projeto que trocou as metodologias tradicionais de equações e cálculos complexos para fazer previsões meteorológicas, por modelos baseados em IA, que conseguiram prever se vai chover nas duas horas seguintes.
Como explica a BBC, que falou com os envolvidos no projeto, as metodologias mais usadas e mais tradicionais conseguem fazer previsões a uma distância de seis horas a duas semanas. E os cálculos têm-se tornado mais complicados com o impacto das alterações climáticas.
O modelo desenvolvido neste projeto de investigação mostrou-se capaz de antecipar previsões com uma eficácia de 89% e revelou-se útil mesmo na previsão de fenómenos extremos, como tempestades e inundações. O sistema foi treinado para identificar padrões nos registos de queda de chuva no Reino Unido entre 2016 e 2018. Foi depois posto à prova fazendo previsões para 2019 e os resultados comparados com os registos oficiais desse ano, como explicou à BBC um responsável do Met Office.
"Estamos no início, mas esta experiência mostra que a inteligência artificial pode ser uma ferramenta poderosa, ajudando os meteorologistas a gastarem menos tempo com pilhas crescentes de dados com previsões, para em vez disso se dedicarem a compreender as implicações das suas previsões”, defendeu à mesma fonte Shakir Mohamed, cientista sénior da DeepMind.
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