Há pelo menos sete estrelas na Via Láctea com potencial para abrigar tecnologia extraterrestre, segundo os resultados de um novo estudo científico.
As evidências reportadas pelos investigadores sugerem a possível existência das chamadas “esferas de Dyson”, megaestruturas criadas por civilizações alienígenas avançadas em redor de uma estrela para captar toda a sua energia, propostas pelo físico teórico Freeman Dyson, em 1960.
No estudo mais recente, os investigadores muniram-se de computadores para analisarem imagens de mais de cinco milhões de estrelas na Via Láctea, em busca de excessos de emissões infravermelhas (IEEs) que pudessem indicar a presença dessas estruturas. As IEEs são consideradas uma tecnoassinatura chave, pois representam o calor emitido por uma esfera de Dyson em redor de uma estrela.
Os resultados dessa análise, publicados no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, identificaram sete estrelas, todas anãs vermelhas, como potenciais candidatas. Tais estrelas estão localizadas a menos de 1.000 anos-luz da Terra, ou seja, habitam a nossa vizinhança cósmica. Em comparação, a Via Láctea tem um diâmetro 100 vezes superior.
O estranho comportamento destas estrelas também pode ser explicado por outros fenómenos, como nuvens de poeira, por isso os investigadores tentaram descartar possíveis fontes naturais de IEEs, como nebulosas e discos de detritos, para minimizar falsos positivos, assinalam.
Um estudo semelhante, publicado em março no arXiv, também encontrou potenciais candidatas entre cinco milhões de estrelas estudadas, embora esses resultados ainda não tenham sido revistos por pares.
A serem confirmadas, as conclusões das mais recentes observações poderão ter grandes implicações científicas. Os próximos passos incluem observações de acompanhamento com instrumentos mais poderosos, como o Telescópio Espacial James Webb. Tal análise permitirá confirmar a presença das IEEs e procurar outros sinais de vida inteligente nesses sistemas estelares.
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