A sonda BepiColombo fez a sua primeira aproximação a Mercúrio a 1 de outubro, numa missão que junta a agência espacial europeia (ESA) e japonesa (JAXA) e as primeiras imagens do momento já chegaram à Terra.

A ESA explica que a sonda conseguiu fazer uma aproximação a uma distância de 199 quilómetros. Ainda antes de chegar ao ponto máximo da sua aproximação, uma das câmaras do instrumento Mercury Transfer Module instrumentos captou imagens enquanto a sonda se encontrava a 2.418 e 1.410 quilómetros do planeta.

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Na primeira das fotografias, captada a 2.418 quilómetros, é possível observar parte do hemisfério norte de Mercúrio, incluindo a região Sihtu Planitia. A imagem retrata também a cratera Calvino e a zona em seu redor, chamada Planície de Rudaki. Em destaque na fotografia está ainda a cratera Lermontov, com 166 quilómetros de largura.

Esta foi a primeira de seis “espreitadelas” previstas antes da missão entrar em órbita em 2025. O objetivo das aproximações é captar imagens e dados científicos, permitindo aos investigadores antecipar o que está para vir na missão principal.

A ESA explica que a missão é composta por duas sondas científicas que vão circular em órbitas complementares em torno de Mercúrio: a Mercury Planetary Orbiter da ESA e a Mercury Magnetospheric Orbiter da JAXA, que serão enviadas pelo Mercury Transfer Module em 2025.

Bepicolombo
Bepicolombo

Os investigadores ambicionam estudar todos os aspetos de Mercúrio, do seu núcleo à superfície, passando pelo campo magnético e a exosfera, de forma a compreender a origem e evolução do planeta.

Ao todo, a sonda BepiColombo tem nove voos de proximidade previstos, um na Terra, dois em Vénus e por fim os seis previstos para Mercúrio. A sonda utiliza um sistema de propulsão elétrico alimentado por energia solar, que a ajudará a navegar pela órbita de Mercúrio.

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