Num fenómeno pouco comum, o planeta Terra prepara-se para receber dois novos “visitantes” esta semana. Com 2.310 m de diâmetro, o asteroide (415029) 2011 UL21 passa a 27 de junho próximo. Já o 2024 MK tem entre 120 e 260 m de dimensão e vai mostrar-se a 29 de junho, bem a tempo de “rematar” o Dia do Asteroide, assinalado no dia seguinte.
Nenhum dos dois objetos astronómicos representa qualquer risco, mas um deles, o 2011 UL21, só foi descoberto há uma semana, destacando a necessidade de continuar a melhorar a capacidade de detetar objetos potencialmente perigosos na vizinhança cósmica.
O 2024 MK é grande para um objeto próximo da Terra (NEO), já que passará a 290.000 km da superfície terrestre - aproximadamente 75% da distância entre a Terra e a Lua. Não vai ser o caso, mas um asteroide deste tamanho causaria danos consideráveis se chocasse com o planeta.
Devido ao tamanho e proximidade, o 2024 MK será observável nos seus de algumas partes do mundo usando apenas um pequeno telescópio ou bons binóculos para astrónomos amadores, sugere a ESA.
Já o asteroide (415029) 2011 UL21, embora maior do que 99% de todos os objetos próximos à Terra conhecidos, não chegará tão perto da Terra. No seu ponto mais próximo, a 27 de junho, ainda estará 17 vezes mais distante do que a Lua.
Nas últimas duas décadas, a ESA tem realizado deteção e análise de NEO potencialmente perigosos. Estima-se que existam 5 milhões deste tipo de objetos próximos com dimensões superiores a 20 m - o limite acima do qual um impacto pode causar danos na superfície terrestre.
O Gabinete de Defesa Planetária da ESA tem uma série de projetos dedicados a melhorar a capacidade de detetar, rastrear e mitigar a existência de asteroides potencialmente perigosos. Com lançamento ainda este ano, a missão Hera faz parte do primeiro teste mundial de deflexão de asteroides.
A Hera realizará um levantamento detalhado pós-impacto do asteroide Dimorphos após o impacto da missão DART da NASA, em setembro de 2022, e ajudará a transformar o teste numa técnica de defesa planetária “bem compreendida e repetível”.
Independentemente das missões espaciais e telescópios em Terra, há olhos no céu bastante atentos, como a câmara de bola de fogo da ESA em Cáceres, Espanha, que captou a passagem de um meteoro impressionante na noite de 18 para 19 de maio, que também sobrevoou Portugal.
Por cá, o chamado bólide surpreendeu, ao género “photobomb”, muitas pessoas que registavam (outros) momentos de uma normal noite de sábado em imagens que não demoraram muito a ser partilhadas nas redes sociais, a par de alguns memes.
Clique nas imagens para recordar as publicações
Aquele que se pensa ter sido um pequeno pedaço de um cometa viajou a cerca de 162.000 km/h antes de queimar a aproximadamente 55 quilómetros de altitude sobre o Oceano Atlântico.
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