O mundo está em risco e só com a ajuda dos Sentinelas tecnológicos é que será possível salvar a vida na Terra. O que pode parecer a sinopse de um filme é na realidade a concretização de um plano de monitorização da Agência Espacial Europeia.

O cenário não é ainda tão crítico, mas as alterações climáticas começam a preocupar os especialistas ambientais. Por isso foi criado o projeto Copernicus, que consiste na criação de uma rede que monitoriza o planeta ao nível das zonas florestais, zonas aquáticas, evolução dos solos, controlo de desastres naturais como derrames de óleo e até alterações climáticas.

Hoje, 3 de abril, vai ser lançado o primeiro Sentinela, um satélite de vigía. Em 2015 será lançado um segundo satélite, sendo que até 2020 serão lançados outros quatro observadores espaciais, num dos mais ambiciosos programas de controlo e monitorização da Terra.

Os Sentinelas vão equipados com tecnologia portuguesa desenvolvida pela Critical Software, que é responsável pelos os sistemas de bordo dos satélites, como é referido pela empresa em comunicado. A Critical Software é especialista no desenvolvimento de sistemas informáticos de áreas consideradas críticas e explica como a sua tecnologia vai ser implementada:

“Foram efetuadas verificações e validações detalhadas às técnicas e processos de sobrevivência do sistema, às capacidades de monitorização de anomalias e possibilidades de recuperação de erros, visando garantir que o Sentinel-1 funcione em situações normais, mas sobretudo que o possa continuar a fazer na presença de falhas e anomalias”.

Desde 2009 que a Critical Software tem trabalho com uma empresa italiana responsável pela construção do satélite artificial. Os dois primeiros Sentinelas vão ficar conduzir a missão de monitorização durante sete anos, estimando-se que em apenas 12 dias consigam realizar mais de 170 órbitas terrestres.


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