O Conselho Europeu aprovou uma emenda ao regulamento do EuroHPC, a Computação Europeia de Alto Desempenho, com o objetivo de incluir o desenvolvimento e operações das chamadas “Fábricas de IA”. Estas são entidades que disponibilizam infraestruturas de serviços baseados em supercomputação de inteligência artificial.
Esta atualização à lei vai estender a capacidade de supercomputação da União Europeia à inovação das startups e PMEs, para que possam treinar os seus modelos de IA e desenvolver projetos. Bruxelas diz que com a atualização do regulamento, a Europa fica mais forte para competir internacionalmente e liderar a corrida da IA. Os investigadores, startups e pequenas e médias empresas passam a ter acesso a ferramentas poderosas para desenvolver projetos inovadores na União Europeia.
O consórcio EuroHPC vai agora promover e operar as Fábricas de IA, que incluem supercomputação de IA, um centro de dados associado e serviços orientados para a inteligência artificial. As respetivas atividades serão abertas ao público e utilizadores privados, com condições especiais de acesso pelas startups e PMEs. As entidades que albergarem estas Fábricas de IA vão ficar elegíveis para receber suporte financeiro da União Europeia para cobrir até 50% dos custos de aquisição de supercomputadores de IA e até 50% dos seus custos operacionais. Estes supercomputadores serão utilizados sobretudo para desenvolver e treinar modelos de IA, assim como criar aplicações e soluções.
De recordar que a Europa já tinha avançado com o pacote de alterações ao regulamento em janeiro, não apenas para acelerar a inteligência artificial na região, mas também preparar a chegada do AI Act. Para apoiar as empresas em fase de arranque vai ser criado um balcão único, com diferentes serviços de apoio ao ecossistema de investigação e projetos de IA daquelas empresas, desde o desenvolvimento de algoritmos, treino, avaliação à validação de modelos em grande escala.
Depois da aprovação anunciada hoje, a atualização da lei vai ser publicada no Jornal Oficial da União Europeia, entrando em vigor 20 dias depois.
No final de maio, Bruxelas criou o AI Office, um novo gabinete da União Europeia para supervisionar a tecnologia de inteligência artificial, fomentar o desenvolvimento e aplicações, assim como fazer cumprir a legislação da AI Act. Este pretende traduzir-se em benefícios económicos e sociais, assim como inovação, ao mesmo tempo que procura mitigar riscos.
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