O processo de massificação dos carros elétricos tem beneficiado largamente os projetos de desenvolvimento de baterias de iões de lítio, no entanto, como sublinha a Universidade de Warwick num novo estudo, ainda existe muito espaço para melhorar. De acordo com um grupo de investigadores da instituição britânica, as baterias utilizadas nos automóveis elétricos podem ser carregadas até cinco vezes mais rápido do que aquele que é o tempo médio atual.
Para chegar a esta conclusão, a equipa desenvolveu um sensor capaz de medir as temperaturas internas das baterias durante o carregamento, e aplicou-o nas baterias que a Tesla utiliza no Model S e X. De seguida procedeu ao carregamento de uma delas, aumentando gradualmente a potência da fonte de alimentação, e observou que os iões de lítio podem suportar mais potência sem sobreaquecer.
Atualmente as baterias integram um sistema que as impede de atingir temperaturas superiores a um determinado valor, de forma a reduzir ao mínimo o risco de sobreaquecimento, mas as descobertas da Universidade de Warwick provam que esse limite pode ser estendido sem riscos associados.
Tazdin Amietszajew, responsável pelo projeto, explica que a utilização exaustiva deste sistema pode reduzir o tempo útil de vida de uma bateria, mas sublinha que a aplicação esporádica, em casos de emergência ou de maior conveniência, tem um impacto mínimo nessa variável.
A comercialização deste sistema pode não só melhorar a vida dos condutores de veículos elétricos, mas também servir de argumento para atrair novos consumidores.
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