Entre 2005 e 2010 o consumo energético associado aos centros de dados aumentou 56 por cento, a nível mundial, conclui um estudo agora apresentado, que contraria a análise publicada em 2007 pela Agência de Proteção Ambiental norte-americana (EPA), alertando para os riscos do aumento das necessidades dos servidores informáticos.

Na altura, a EPA estimava que os gastos de eletricidade destinada aos centros de dados mais do que duplicassem entre 2005 e 2010, nos Estados Unidos, um aumento que, segundo o estudo agora divulgado se terá ficado, afinal, pelos 36 por cento.

A nova análise - encomendada pelo New York Times a um professor da Universidade de Stanford, na Califórnia - estima ainda que, em todo o mundo, o consumo energético dos centros de dados tenha crescido cerca de 56 por cento durante o mesmo período.

Na origem da alteração do panorama estarão fatores como as novas tecnologias que permitem poupar energia e a maior preocupação com o tema ou simplesmente a crise económica que pode ter abrandado os gastos, mas em compensação assiste-se a um crescente uso de tecnologias suportadas na nuvem, que exigem maior recurso a centros de dados, notam os especialistas.

O responsável pelo estudo, Jonathan G. Koomey, admite ser impossível separar o impacto da recessão do impacto do recurso às novas tecnologias de poupança energética, acrescentando ser surpreendente o decréscimo dos valores, numa altura em que os centros de dados se tornaram peças centrais da vida moderna.

"Principalmente por causa da recessão, mas também devido a algumas mudanças na forma como as instalações são concebidas e funcionam, o consumo de eletricidade dos centros de dados é, claramente, muito inferior ao esperado, e essa é que é a grande novidade", conclui Jonathan G. Koomey, citado pelo jornal.

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