O homem que morreu, há pouco mais de um ano, num Tesla Model S com o sistema Autopilot ativo tirou as mãos do volante durante largos períodos de tempo, apesar dos avisos contínuos que pediam que assumisse o controlo do veículo, revelam as conclusões do inquérito conduzido pelas autoridades norte-americanas.
No relatório de 500 páginas, o National Transportation Safety Board (NTSB) refere que Joshua Brown, um fuzileiro reformado, foi avisado consecutivamente, durante 37 minutos da sua viagem, para pôr as mãos no volante, algo que só aconteceu por um período de 25 segundos.
Refere-se ainda que o modo Autopilot esteve ativo durante a maior parte do percurso, mostrando avisos visuais por sete vezes em separado, com a mensagem "Hands Required Not Detected", pelo facto de o condutor não ter colocado as mãos no volante como era pedido.
O acidente mortal que aconteceu nos Estados Unidos a 7 de maio de 2016 foi o primeiro reportado com um automóvel com o modo de condução assistida ativo. Na altura os responsáveis da Tesla fizeram questão de lembrar que sempre que o sistema - que na verdade é de condução assistida e não autónoma - é acionado o condutor é alertado com a frase: “Mantenha as mãos no volante. Esteja preparado para tomar o controlo a qualquer momento”. Algo que Joshua Brown parece ter ignorado.
Já depois do acidente mortal, a empresa de Elon Musk fez algumas alterações ao sistema de autopiloto, que incluíram novos limites ao período de tempo que os condutores podem estar sem as mãos no volante e a suspensão temporária do mesmo se os avisos para voltar a tomar o controlo do veículo forem ignorados.
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