O mercado dos tablets cresceu 51,6% no ano passado, quando comparado com os valores conseguidos em 2012. Este ano o crescimento comparativo anual vai ser "apenas" de 19,4%, um sinal claro de que também o mercado dos tablets, a par do segmento dos smartphones, está a perder gás.

2014 vai ser o ano em que mais tablets se vão vender e as previsões até 2018 são sempre de crescimento, como salienta a IDC no seu relatório. Mas a saturação que alguns mercados estão a atingir, sobretudo nas economias desenvolvidas como os EUA, fazem com que o sector dos tablets tenha uma quebra acentuada no crescimento.

A IDC reduziu inclusive as previsões totais de vendas de tablets para 2014 em 3,6%, estimando que até ao final do ano se comercializem 260,9 milhões de unidades.

Numa outra perspetiva a empresa de análise também antevê uma quebra na redução de preços. Entre 2011 e 2012 o preço médio dos tablets caiu 18%, tendo baixado outros 14% em 2013. Para este ano as previsões são de que os tablets estejam apenas 3,6% mais baratos do que no ano passado, um valor rotulado de "modesto" pela IDC.

A menor redução de preços acontece porque cada vez mais os utilizadores estão a afastar-se do mercado dos tablets ultra low-cost para apostarem em segmentos mais altos. Quer isto dizer que após a compra de um primeiro tablet muito barato para se ter um "primeiro contacto" com a utilidade do dispositivo, os consumidores acabam por procurar um produto com mais qualidade. De acordo com o analista Tom Mainelli, as pessoas querem agora tablets que trabalhem bem e durem no tempo.

Quem já tem um tablet topo de gama está a chegar à conclusão que para o uso que dão ao equipamento uma atualização para uma versão mais recente não se justifica, o que também contribui para o menor crescimento que se vai registar.

Nota de redação: os números apresentados pela IDC dizem respeito às vendas de tablets e de 2-em-1, isto é, computadores híbridos ou transformáveis.


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