Os sistemas e aplicações que permitem tirar partido de realidade virtual e realidade aumentada estão a expandir-se e o interesse de utilizadores pessoais e profissionais nestas tecnologias também. Isso mesmo vem indicar uma nova previsão da IDC, que perspetiva para este ano, na Europa, gastos com realidade aumentada de 1,1 mil milhões de dólares e de 3,4 mil milhões de dólares com realidade virtual. Tudo somado serão 4,5 mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros).
Embora tenha revisto em baixa as suas previsões de despesa nesta área, por causa da inflação e outros fatores macroeconómicos, as estimativas da IDC pressupõem um crescimento dos investimentos em RA e RV na região de 32% este ano.
Avançando até 2027, a estimativa da consultora aponta para uma despesa total com ambas as tecnologias na região da ordem dos 10,5 mil milhões de dólares, número que traduzirá uma taxa anual média de crescimento (entre 2022 e 2027) de 24,9%
Por sectores, o consumo, o retalho e a produção discreta (fabricação de produtos individualizados) serão aqueles que mais vão contribuir para a despesa prevista, gerando 63,7% da receita prevista.
A longo prazo, a indústria de exploração de recursos naturais será aquela que mais vai aumentar a sua utilização destas tecnologias, duplicando o investimento realizado entre 2022 e 2027. Como sublinha a IDC, esta é uma das áreas onde as soluções de realidade aumentada e virtual contribuem para aumentar significativamente a segurança das operações de inspeção e vigilância no terreno, para além de poderem aumentar a eficiência e detalhe dessas mesmas operações.
Já em 2023 espera-se por isso que as operações de manutenção industrial estejam entre os grandes motes para investir em soluções de RV e aumentada, assim como a formação, que recorrendo a estas tecnologias pode ser mais barata e mais eficaz, ou o interesse do retalho em proporcionar aos clientes novas experiências no contacto com os seus produtos.
A colaboração será, no entanto, a área de aplicação de soluções de realidade aumentada e virtual com crescimento mais acelerado até 2027, em linha com o que já adiantava outra análise da IDC. Neste novo estudo -Worldwide Augmented and Virtual Reality Spending Guide, a consultora acrescenta que as soluções de RV/RA para a colaboração vão crescer 89,2% até 2027, até para acompanhar a banalização do trabalho remoto e suportar as necessidades criadas por essa distância física.
"Em resposta às condições macroeconómicas desafiantes, muitas empresas europeias estão a adotar uma abordagem mais cautelosa aos investimentos em TI, adiando algumas grandes implementações de AR/VR", admite Lubomir Dimitrov, manager da IDC para a área de research.
"No entanto, uma mudança de prioridades que dá destaque à otimização do ROI [retorno de investimento] e aos ganhos de produtividade e eficiência, continuarão a intensificar o interesse em RA e RV”, acrescenta o mesmo responsável. A tendência crescente para habilitar tarefas para um modo remoto e a preocupação com a segurança dos colaboradores terão também o seu impacto no crescimento deste mercado, na visão da IDC.
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