As empresas europeias têm uma compreensão evidente das vantagens da adoção da IA nos seus negócios, mas apenas 25% das 240 empresas europeias inquiridas veem esta tecnologia como estrategicamente importante e apenas 11% têm em curso uma estratégia IA.

De acordo com o estudo realizado pela Fujitsu, em conjunto com a Pierre Audoin Consultants, a principal razão para este desfasamento é a falta de foco estratégico, à qual se juntam questões legais e de conformidade. A maioria dos inquiridos (61%) apontou a falta de disponibilidade da IA nas soluções como um grande obstáculo, enquanto 52% referem os processos e a cultura interna.

Contudo, a maior parte das empresas concorda com o potencial da IA na deteção e prevenção de fraudes nas finanças e contabilidade, na automatização do planeamento da cadeia de fornecimento e cumprimento na gestão da cadeia de fornecimento, possibilitando melhorias na cibersegurança em tecnologias da informação.

Uma melhor manutenção preditiva nos departamentos de produção e melhor compreensão do cliente na área de vendas e marketing também foram apontados pelos inquiridos como sendo fatores de valor da IA.

“Parece que, de momento, a IA está a ser impulsionada por necessidades funcionais, com uma clara compreensão das vantagens disponíveis e iniciativas em curso por toda a Europa”, apontou David Snelling, diretor do programa de inteligência artificial na Fujitsu EMEIA, para quem a aparente ausência de um enquadramento estratégico para a IA é “surpreendente”.

Embora o estudo mostre que três em cada cinco gestores se sentem frustrados pela velocidade a que a IA está a ser incorporada nas soluções TI, aquele responsável defende que é necessário que os executivos a nível do conselho de administração se envolvam “mais na discussão para desbloquear todo o potencial desta tecnologia disruptiva".