Não há fim à vista da guerra na Ucrânia e o exército do país vai resistindo como pode à invasão da Rússia. O ministro dos Assuntos Internos destacou a eficácia da inteligência artificial na ajuda das forças de segurança a detetar as atividades de pessoas na Ucrânia que podem comprometer a contraofensiva ou mesmo ajudar a Rússia nos ataques ao país.
Segundo publicou o Newsweek, os agentes de segurança têm utilizado software em tablets para verificar se uma pessoa assinalada como suspeita já está listada na base de dados. O sistema tem acesso à base de dados da polícia com cerca de 2 milhões de suspeitos de terem posições em unidades paramilitares do partido de extrema direita, conhecida como LDPR (Liberal Democratic Party of Russia).
O relatório do ministério dos Assuntos Internos da Ucrânia salienta o esforço no combate à sabotagem dentro da sua própria população. E que o exército tem vindo a travar o combate contra a sabotagem desde o início da invasão da Rússia ao país. “Mais de 123 grupos de combate à sabotagem foram criados, com pelo menos 1.500 pessoas envolvidas”, referiu Yevgeny Yenin, vice-ministro dos Assuntos Internos. Foram detidas mais de 800 pessoas suspeitas de sabotagem e atividades de inteligência foram impedidas pelo serviço de segurança ucraniano.
A base de dados da polícia, com as informações de pessoas suspeitas de ligação com a LDPR, contém informações operacionais compiladas, incluindo mais de 10 mil milhões de fotografias. Os grupos de sabotagem podem variar de perfil por serem criados para diferentes operações. Perto da invasão da Ucrânia, foram apontadas entre cinco a 10 pessoas que tinham a missão de cometer atos terroristas e sabotagem, incluindo no centro de Kiev, a capital da Ucrânia.
Veja na galeria imagens de satélite da destruição das cidades na Ucrânia:
Os sabotadores tentaram partilhar a localização de grupos armados ou gravar a eficácia dos bombardeamentos de mísseis e a artilharia no país. É referido que nem todos os relatórios representam a verdade, mas são importantes, porque a deteção de sabotadores durante a guerra ganha maior importância na segurança pública. “Graças à informação das nossas fontes operacionais, conseguimos evitar um ato terrorista contra a liderança do nosso Estado”, referiu o ministério, muito provavelmente apontando a um eventual atentado ao presidente Volodymyr Zelensky.
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