
A segurança na tecnologia é um sector onde a investigação e a inovação não acaba. À medida que é condensada cada vez mais informação nos gadgets que nos acompanham diariamente, é necessário que os sistemas que a protegem sejam gradualmente afinados e cada vez mais seguros.
As tendências tornam facilmente observáveis essas evoluções. Se há uns anos apenas podíamos proteger contas e smartphones com simples passwords e códigos pin, atualmente, os acessos através da validação de credenciais biométricas tornaram-se comuns. Nestes casos, a voz, os olhos e, de forma mais comum, as impressões digitais, têm sido aproveitados para assegurar a privacidade dos utilizadores. Neste âmbito, a Universidade de Sarre e a Universidade de Estugarda desenvolveram um novo sistema de reconhecimento biométrico que utiliza vibrações cranianas para efetivar um log-in. O sistema, a que a equipa de desenvolvimento chamou SkullConduct, ainda só está disponível no Google Glass.
Apesar deste wearable não ter chegado aos consumidores da forma que se previa, a aposta dos investigadores justifica-se com a utilização profissional que este gadget tem tido na área da investigação. "Computadores oculares como o Google Glass já estão a ser usados em empresas e universidades para ajudar em experiências na área da física, em laboratórios químicos, no registo de exames médicos e na assistência a cirurgias", afirmou Andreas Bulling, cientista informático desta equipa de desenvolvimento.
Este sistema pretende proteger os conteúdos armazenados nestes aparelhos que, no âmbito em que têm sido utilizados, reúnem muita informação sensível e privada que, na maior parte das vezes, se pretende manter privada.
Outra das conveniências de se utilizar o Google Glass na aplicação deste sistema, é a capacidade que este tem para captar as vibrações ósseas do utilizador através da sua armação. "Como o crânio é singular, as vibrações mudam de maneira a que cada pessoa tenha a sua. Consequentemente, nós podemos usá-las como um identificador biométrico", diz Bulling.
O algoritmo desenvolvido permite que se transformem estas vibrações numa chave biométrica singular, tal qual uma impressão digital. E como estamos a falar da aplicação a wearables, este método é também automático; assim que se colocam os óculos, a armação começa imediatamente a captar vibrações encefálicas para validar, ou não, a identidade do utilizador.
Apesar dos resultados positivos obtidos nos primeiros testes, em que o SkullConduct validou com uma taxa de precisão 97% das tentativas conduzidas, o ambiente controlado em que decorreram ainda não permite aferir se o sistema funciona quando aplicado em situações do mundo real, onde as vibrações provenientes de outras fontes podem confundir o algoritmo. Afiná-lo para esse contexto será o próximo passo.
No futuro, os cientistas esperam levar este sistema para os smartphones.
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