Despedimento por justa causa pode ser a consequência a enfrentar por mais de uma dezena de trabalhadores dos Estaleiros de Viana do Castelo depois de terem instalado em computadores da empresa uma aplicação que lhes permitiu bloquear os mecanismos de segurança da rede a aceder a jogos online de póquer.
A empresa acusa-os de violarem o dever laboral e de deixar vulnerável a rede durante 70 horas, já que o processo desencadeou a instalação de um cavalo de Tróia.
O risco acabou por ser controlado rapidamente, porque o problema foi detectado e "totalmente controlada", explicou ao Diário de Notícias, que avança a informação, fonte da empresa, actualmente com 900 colaboradores.
Dois dos 12 trabalhadores envolvidos no caso, todos afectos à área de projecto e desenho do casco de navios, são reincidentes, assegura a mesma fonte. São também esses que, no âmbito do processo disciplinar em causa, enfrentam maior probabilidade de despedimento, por violação dos deveres para com a entidade patronal.
Na empresa, que agora integra a pública Empordef, é defendido por alguns colaboradores que o caso espelha a actual realidade do construtor naval português, a viver um momento de falta de encomendas, que afecta em primeiro lugar os funcionários ligados às áreas de projecto.
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