A Microsoft protagonizou um dos momentos de 2015 no mundo dos videojogos quando lançou o Windows 10 para a Xbox One. Além de ter dado uma nova vida à consola de videojogos em termos de software, trouxe retrocompatibilidade para dezenas de jogos, entre outras funcionalidades bem-vindas.

Ontem foi partilhada aquela que é a visão de Phil Spencer, líder da divisão Xbox, sobre a consola doméstica. O segredo para o executivo está na parte do software e no conceito de aplicação Windows Universal.

Estas aplicações - ou jogos - são desenvolvidos por forma a poderem ser executados em qualquer dispositivo Windows 10. Para Phil Spencer há uma vantagem inegável neste conceito: compatibilidade. Quer isto dizer que daqui a dez anos o jogador poderá recuperar os jogos de agora sem qualquer entrave - algo que não acontece atualmente.

Esta elevação do software sobre o hardware permitirá em última instância um ciclo de atualização da consola mais rápido, não trocando a máquina de jogo em si, mas antes os seus componentes.

Quer isto dizer que a cada ano ou a cada par de anos será possível atualizar a consola para as novas tecnologias. Por exemplo, as consolas atuais não executam jogos em Ultra HD, mas os computadores sim, devido à evolução dos componentes e à facilidade de atualização - isto sem contar com o factor 'preço'.

“Vemos outras plataformas como os smartphones e os PCs a receberem a inovação contínua que raramente vês numa consola. As consolas trancam o hardware e o software da plataforma no início da geração. Depois cavalgas na geração durante sete ou mais anos, enquanto outros ecossistemas estão a ficar melhores, mais rápidos, mais potentes. E aí esperas pelo próximo grande passo”, disse aos jornalistas, citado pelo Engadget.

A aproximação do conceito de consola e de PC é algo que a Valve já está a tentar fazer com as suas Steam Machines: computadores de jogo pensados e desenhados para funcionarem como consolas numa sala de estar.