As consolas de videojogos poderão sofrer alterações nos próximos anos, e muitos especialistas acreditam que a “PlayStation 5” e a “Xbox Two” sejam a última geração tal como são conhecidas atualmente. As versões físicas das plataformas poderão mesmo desaparecer em 2022 segundo os analistas da indústria dos videojogos, como foi reportado há pouco tempo. Independentemente do formato que está reservado para o futuro, a indústria continua em crescimento, e são cada vez mais os “tubarões” tecnológicos à procura de uma fatia do mercado, e a Google poderá mesmo estar interessada em criar a sua plataforma.

Segundo reporta o Kotaku, diferentes pessoas supostamente ligadas à Google têm recebido briefings com ideias sobre o posicionamento da empresa, referindo o estudo de hardware, uma plataforma de streaming e o mais interessante, o recrutamento de produtores para trabalhar em projetos ou mesmo a aquisição de grandes estúdios.

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Não é a primeira vez que a gigante tenta fazer uma abordagem à indústria, tendo mesmo competido com a Amazon, em 2014, para a aquisição do Twitch. Chegou a falar-se da eventualidade de lançar uma consola baseada em Android, mas nunca avançou. Mas o que pode ter despoletado a nova vontade de entrar na indústria dos videojogos foi o colossal sucesso de Pokémon GO, projeto onde a Google investiu, juntamente com a Nintendo, na produtora Niantic.

Há também informações de que a Google participou na Game Developers Conference, que decorreu em março, alegadamente para mostrar às grandes editoras a sua plataforma de streaming, sob o nome de código Yeti. E na recente E3, correram rumores de que a empresa andava à procura de estúdios de produção para aquisição.

Um dos temas quentes do certame de videojogos foi exatamente as plataformas de videojogos por streaming. Tanto a Eletronic Arts como a Microsoft revelaram os seus planos de serviços, enquanto a Ubisoft salientou que a tecnologia de streaming era o futuro da indústria. Também a Nvidia procura encontrar o seu lugar ao sol neste segmento, através do seu programa GeForce Now. A Sony foi a pioneira a oferecer serviços baseados no sistema através do programa PlayStation Now, depois de ter adquirido a pioneira Gaikai e os assets da Onlive, as primeiras empresas a massificar o conceito de "gaming as a service".

Um dos grandes obstáculos que têm adiado a explosão dos serviços de streaming é a velocidade de internet, necessária para transferir uma quantidade enorme de dados, sobretudo quando é necessária a sua circulação nos dois sentidos. Tudo poderá alinhar-se com a próxima geração de ligações à internet baseado em 5G e LiFi que prometem velocidades 100 vezes superiores às atuais. A Google tem também investido em tecnologia para acelerar a internet, através do Google Fiber, capaz de aumentar a velocidade até 1.000 mbps, que está a ser testado em algumas cidades americanas.

Há muitos indícios que apontam para os próximos anos a explosão dos serviços de videojogos por streaming. E não será de estranhar ver a Google nesta corrida. E a indústria já nos habituou a encontrar o fogo onde está o fumo…