O computador foi uma das maiores revoluções do século passado. Atualmente é um dispositivo que está nas mãos de milhões de utilizadores e é a sua principal ferramenta de produtividade. É um dos motores da economia mundial, seja no formato desktop ou em portátil. E ao longo dos últimos 69 anos tem evoluído tanto em potência, como em design.

Agora a startup finlandesa Solu Machines diz ter o próximo passo evolutivo: o Solu. O dispositivo é uma pequena caixa de madeira que contém todos os componentes e até uma bateria. O ecrã é sensível ao toque para que o utilizador o possa usar de forma independente ou ligado a um ecrã.

Quando é ligado a um monitor, por exemplo, acontece um pouco aquilo que a Microsoft tenta fazer com a Display Dock do Windows 10 para telemóveis: o sistema operativo é 'expandido'. Mas no caso do Solu, a caixa passa a ser então o principal periférico de interação.

Duplo toque, arrastamento, movimento de pinça e outras ações que agora são comuns por causa dos smartphones, serão suportados pelo Solu.

Mas ainda que o hardware possa fixar a atenção do utilizador, é no software que está a proposta diferenciadora. Não há pastas como no Windows, não há janelas como no Mac OS e todo o modo de interação é orgânico, de acordo com a startup.


Isto quer dizer que o sistema operativo está ligado à Internet e consegue fazer uma gestão automática inteligente dos ficheiros, colocando-os interligados entre si e criando ‘moléculas’ que correspondem a diferentes categorias. É suposto que a interação seja o mais natural e simples possível.

Há ainda uma outra novidade ao nível do software. A Solu Machines diz que com uma subscriação de 20 euros por mês os utilizadores podem ter acesso ao software que quiserem e ao armazenamento que precisarem.

A BBC escreve que durante uma demonstração o conceito acabou por se mostrar um pouco mais complicado do que a startup argumenta, tendo também sido detetados vários erros e bugs no modo de funcionamento.

A Solu Machines garante que tudo está pronto e que basta só arrancar para a produção do Solu. Para isso pede 200 mil euros no Kickstarter, com a comunidade a já ter garantido 87 mil euros quando faltam 29 dias para terminar a campanha de financiamento colaborativo.