A sonda espacial OSIRIS-REx encontra-se a estudar o asteroide Bennu, desde o início de dezembro, e vai permanecer até março de 2021, estando o seu regresso à Terra previsto para 2023. Considerado vital para a comunidade científica, devido às suas características únicas, os investigadores afirmam que o “rochedo espacial” permite compreender a origem do Sistema Solar e a vida na Terra, através da análise da sua superfície, rica em carbono.
O certo é que os primeiros resultados já estão a aparecer, e no solo composto por moléculas semelhantes às que deram origem à vida no nosso planeta, foi encontrado água na argila, como adianta a NASA. A descoberta foi feita através dos dois espetrómetros equipados na sonda, um capaz de ler sinais de infravermelhos, o outro de visão térmica, que detetaram a presença de moléculas contendo oxigénio e hidrogénio com átomos ligados, conhecidos como hidroxilos.
A Agência Espacial Norte-Americana refere que estes hidroxilos estão espalhados pelo asteroide, misturado em minerais da argila contendo água, significando que a dado momento o material rochoso do Bennu interagiu com água. Ou seja, os especialistas afirmam que Bennu é demasiado pequeno para ter água, e por isso, em algum momento, houve a passagem paralela de um asteroide bem maior.
“A presença de minerais hidratados espalhados pelo asteroide confirma que Bennu, um dos remanescentes da formação inicial do sistema solar, é um excelente espécime para o estudo da composição dos materiais primitivos voláteis e orgânicos”, destaca a NASA.
Foi ainda adiantado que os dados obtidos pelo sistema de câmaras do OSIRIS-REx batem certo com o modelo desenvolvido em 2013, a partir de observações da Terra, no que diz respeito à forma do asteroide. Já o terreno do asteroide é descrito como muito rochoso, com diversas áreas repletas de rochas (mais que o previsto) e algumas superfícies mais “limpas”. A equipa vai agora retirar algumas amostras do terreno para trazer mais tarde para a Terra.
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